FHC reúne ministério pela última vez e faz balanço do governo

CNN

Atualizada em 27/03/2022 às 15h25

Com um longo discurso, que durou uma hora e 22 minutos, o presidente Fernando Henrique Cardoso fez um balanço de seu governo na última reunião ministerial de seu governo, nesta sexta-feira.

FHC prestou contas ao país dos principais atos desde o início do seu segundo mandato, em 1995.

Para Fernando Henrique, o Estado transformou-se para servir melhor ao país. Mesmo assim, o presidente reconheceu que ainda há muito por fazer, "porque nada está pronto e acabado".

"E, isto sim, um processo constante de aperfeiçoamento", profetizou.

FHC agradeceu aos ministros e ressaltou os pontos positivos em cada um dos ministérios, como fortalecimento das comunicações, do setor energético, da reforma agrária, da agricultura, e o crescimento da indústria, entre outros.

O presidente disse ainda que as grandes transformações não estão nos números, mas na mudança de mentalidade, de organização do Estado.

"Não tínhamos, sequer, competência política para defender nossos interesses externos", enfatizou FHC, lembrando que, atualmente, o Brasil atua em igualdade de condições com os demais países na defesa dos interesses nacionais, "a começar pelo fortalecimento das relações com nossos vizinhos das Américas".

DEMOCRACIA- Fernando Henrique disse que marca mais forte de seu governo foi "a plena realização da democracia".

"A democracia tem uma solidez maior que outro ponto importante: a estabilização da economia".

O presidente apresentou aos ministros um livro que, segundo ele, traz um "resumo sintético" das ações do governo nos oito anos de seu mandato.

Uma parte do pronunciamento de Fernando Henrique foi dedicada ao clima de liberdade democrática que marcou sua gestão. "Todos aprendemos a conviver nessa pluralidade. Isto é o traço da democracia contemporânea", frisou.

Fernando Henrique Cardoso lembrou que o Brasil aprendeu a conviver com a sociedade que expressa a sua opinião.

"Isso é uma visão de mais longe, mas que se aprofundou nos últimos anos", observou.

Nesta última reunião ministerial, Fernando Henrique Cardoso negou que sua administração tenha sido marcada por uma tendência neoliberal, com diminuição do papel do Estado e aumento do espaço do mercado.

"Transformamos o Estado para torná-lo apto a lidar com o mercado contemporâneo", resumiu.

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