A Comissão de Segurança Pública vai realizar, nos próximos dias 3 e 4 de dezembro, seminário sobre combate ao crime organizado, com o qual pretende iniciar um processo de integração entre autoridades federais, estaduais e municipais em um sistema nacional de combate às quadrilhas especializadas em crimes como seqüestros, tráfico de drogas e armas, roubo de cargas e carros e lavagem de dinheiro. O seminário é uma iniciativa do Grupo de Trabalho de Combate ao Crime Organizado, criado recentemente pela Comissão por requerimento do deputado Moroni Torgan (PFL-CE), é coordenado por ele e pelo deputado Wanderley Martins (PSB-RJ).
Moroni Torgan afirma que o objetivo do seminário é começar a tecer uma rede institucional de que participem autoridades judiciais, fiscais, policiais, políticas e administrativas, de maneira que a partir do seminário as instituições públicas possam padronizar métodos de ação e contar com maior volume de todos os tipos de recursos humanos, físicos, legais, logísticos e operacionais para combater crimes, reduzindo o espaço de manobra e de evasão desses criminosos.
Em busca desses objetivos, o seminário espera a participação das principais autoridades dos três poderes, como o ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ramos Ribeiro, que já confirmou sua participação e estará representando o presidente Fernando Henrique Cardoso. O evento aguarda também a participação de instituições pouco usuais em discussões sobre segurança, como organizações fiscais e financeiras. Até ontem à tarde, já havia confirmado participação a Diretoria de Análise de Organizações Criminosas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e a Gerência de Inteligência em Segurança do Banco do Brasil.
O deputado espera que autoridades de segurança de estados e municípios tragam para o seminário um diagnóstico detalhado da ação do crime organizado nos territórios sob sua responsabilidade, de forma a se montar um verdadeiro "mapa nacional do crime organizado", além de sugestões para a melhoria do combate a esse tipo de ação criminosa. O seminário, organizado de forma bem flexível e simplificada, garante que todas as autoridades de segurança que se inscreverem para exposições terão dez minutos para apresentar seus diagnósticos e propostas sobre o crime organizado.
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