Apesar dos apelos de Oswaldo Martins Borges Júnior, o Pedrinho, para que a investigação sobre seu seqüestro na maternidade fosse interrompida, o delegado Hertz Andrade, da polícia de Brasília, afirmou nesta quinta-feira estar convicto de que Vilma Martins Costa, a mãe adotiva do rapaz, foi a mulher que há 16 anos o levou pouco após seu nascimento.
Segundo o delegado, Vilma, apontada como principal suspeita pela Polícia, admitiu em Goiânia, onde mora, em conversa informal, que roubou o garoto de seus pais verdadeiros.
Vilma teria marcado um depoimento, mas não compareceu, enviando apenas sua advogada para desmentir a confissão que fizera anteriormente.
A Polícia informou não haver mais dúvidas sobre o caso e poderá pedir a prisão preventiva de Vilma nas próximas horas, embora o crime tenha sido prescrito em 1994, segundo as leis brasileiras.
O delegado Sanches também afirmou, em entrevista, que uma testemunha já reconheceu Vilma como a autora do sequestro. Além disso, uma parente de Vilma também confirmou a versão sobre o roubo da criança.
Desde terça-feira, o delegado vem ouvindo funcionários, pacientes e acompanhantes que estavam no hospital na ocasião em que o menino foi sequestrado.
Vilma era a principal suspeita da Polícia Civil do Distrito Federal de ter fugido com o bebê recém-nascido do Hospital Santa Lúcia, em Brasília, em 21 de janeiro de 1986.
Pedrinho telefonou na quarta-feira para o seu pai biológico, Jairo Tapajós Braule Pinto, para dizer que temia que sua mãe adotiva sofresse algum tipo de punição.
O registro falso de Pedrinho, com o nome de Oswaldo, poderá ser invalidado pela Justiça após a conclusão do inquérito, uma vez que o garoto já havia sido registrado pelos pais biológicos como Pedro Rosalino Braule Pinto.
Vilma só admitiu que Pedrinho foi adotado depois da divulgação do resultado do exame de DNA comprovando sua filiação, na última sexta-feira, que comprovou a verdadeira filiação do adolescente.
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