A polícia acredita que o chefe da quadrilha da Barreira do Vasco, Cláudio Berola, pode ter fugido para São Paulo. O mandado de prisão já foi enviado para a polícia paulista.
É do traficante Cláudio Berola que a polícia tem mais informação. O Disque-Denúncia já tem um grande dossiê sobre ele. As primeiras informações são de janeiro do ano passado. O traficante nunca foi preso, mas é foragido da justiça porque foi condenado a três anos de prisão por apologia ao crime.
Mas o dossiê mostra crimes muito mais graves: a quadrilha faz roubos de cargas, de estabelecimentos comerciais e roubo e desmanche de automóveis.
Cláudio Berola também é acusado do assassinato de três moradores da favela e de, outra vez, mandar executar duas mulheres.
O relatório afirma ainda que a quadrilha controla um dos locais onde mais há roubo e desmanche de carros e é também um dos pontos com maior quantidade de armas.
Agora com as gravações feitas pela polícia, 16 criminosos já foram identificados. Mas falta descobrir o nome de muito mais gente. Como o de um motorista de táxi. E um homem de terno claro que parece receber ordens do chefe do bando.
A polícia também quer saber quem são as mulheres da quadrilha. São muitas. Elas aparecem dirigindo carros roubados.
Sobre o homem que faz a manutenção das armas a polícia e o Disque-Denúncia já receberam muitas informações. Só falta a confirmação para divulgar o nome dele e decretar a prisão. O objetivo principal agora é descobrir quem é o rapaz que, segundo a polícia, assumiu a chefia da quadrilha. Ele nunca foi preso e a polícia só sabe o primeiro nome dele: Alan.
As investigações também revelaram que a Barreira do Vasco servia de centro de operações para bandidos de várias favelas do Rio, e que as drogas eram fornecidas pelo traficante Fernandinho Beira-Mar.
Hoje, O Jornal Nacional conseguiu localizar uma das vítimas da quadrilha. Um homem, que dirigia o carro que os ladrões roubaram e depois destruiram. Ele conta como foi abordado pelos bandidos.
"Ele me deu uma fechada e chegou abordando na janela. Tiraram meu relógio, meteram a mão na minha carteira. Quando recuperei o carro estava todo furado de bala, pisoteado, roubaram as rodas, roubaram tudo que estava na mala. Para a seguradora não valeu a pena fazer a recuperação do carro. Foi perda total", conta a vítima.
Depois da divulgação das imagens da quadrilha, o Disque-Denúncia do Rio já recebeu 11 ligações, com pistas concretas que podem ajudar a polícia.
"Nós temos já a prisão de alguns, outros que foram mortos, mas precisamos nesse momento a colaboração das pessoas para que a gente consiga avançar nessa identificação", pede o chefe de Polícia Civil do Rio Zaqueu Teixeira.
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