Santarém - Um projeto desenvolvido em Santarém promete acabar com o preconceito contra os remanescentes de quilombos. Trata-se do Pega o Beco, desenvolvido por um grupo de jovens da cidade e de algumas comunidades vizinhas, na região do Baixo Amazonas.

O projeto Pega o Beco funciona em Santarém desde janeiro. Ele envolve jovens que representam associações e entidades não governamentais e remanescentes de quilombolas.

Um dos objetivos é a formação de agentes multiplicadores de cidadania para atuarem na defesa dos direitos humanos e da cidadania da população negra, visando o acesso à educação e capacitação de recursos humanos e à qualidade de vida através de padrões sustentáveis de produção, consumo e serviços adequados de saúde.

Uma das metas do projeto é buscar junto às autoridades uma forma para resolver um dos principais problemas vividos pelos quilombolas: o titulo de terra, conforme disse a coordenadora do projeto, Jucivana Brasil.

Em reunião recente, os coordenadores e os membros do projeto fizeram uma avaliaram das atividades do Pega o Beco. Narivaldo Santos, da comunidade de Saracura, ribeirinha do Tapajós, testemunha que sente na pele a discriminação e lamenta ainda hoje ser mal visto pela sociedade.

Em toda a região são mais de 35 comunidades descendentes de quilombos. Para reverter a discriminação e a exclusão social em que se encontram eles resolveram atuar diretamente no projeto.

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