Pedófilo é condenado a 60 anos de prisão, maior pena até agora

O Estado de São Paulo

Atualizada em 27/03/2022 às 15h27

São Paulo - O professor de Educação Física João Batista Lisboa, de 40 anos de idade, foi condenado nesta quarta-feira a 60 anos de prisão, por crimes de atentado violento ao pudor contra quatro menores de 14 anos de idade, pelo juiz Walter Cesar Incontri Exner, da 22ª Vara Criminal da Capital.

É a maior pena até hoje imposta pela Justiça Penal Brasileira a um acusado de pedofilia. Lisboa, preso preventivamente deste o início do processo, praticou os abusos do começo de 2001 a abril de 2002, aproveitando-se de sua condição de treinador do Centro Desportivo Municipal do Parque São Lucas (CDM), na zona leste de São Paulo.

As crianças eram levadas a uma favela onde eram ameaçadas de morte pelo pedófilo, caso o denunciassem. Um dos garotos chegou a ser violentado 11 vezes. O magistrado impôs ao réu 15 anos de prisão, para os crimes praticados contra cada uma das quatro vítimas, totalizando 60 anos.

Dado o caráter hediondo do crime, o juiz determinou seja a pena cumprida integralmente em regime fechado, sem direito a qualquer benefício.

Ressalta o juiz Incontri Exner, na sentença de 29 páginas, que “a conduta do acusado demonstra inequívoco desvirtuamento moral de elevada deturpação de personalidade, revelando sua índole criminosa e ausência de qualquer freio para satisfação de sua pervertida vontade sexual. Para tanto, não hesitou em se aproveitar da condição de treinador de futebol das pequenas vítimas, depois de ganhar a confiança de seus familiares e da ascenção que tinha sobre os garotos, ameaçando-os, em seguida, de forma vil e covarde, garantindo com isso a reiteração de seus atos criminosos”.

Acrescenta o juiz que “por outro lado, os danos psicológicos causados às vítimas e as graves conseqüências de suas ações, puderam ser constatadas ao longo da instrução do processo”.

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