Bacabal

Cutrim classifica ato de juiz de 'impensado' e 'ilegal'

Em entrevista à Mirante AM, secretário disse que “soltura” dos presos não poderia ter acontecido.

Paulo de Tarso Jr./Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h58

SÃO LUÍS – “Ato impensado e ilegal”. É esta a opinião do secretário Raimundo Cutrim sobre o impasse envolvendo o destino dos presos das delegacias de Bacabal, de Conceição do Lago Açu, Lago Verde, e Bom Lugar.

De acordo com Cutrim, a determinação do juiz da 1ª Vara de Bacabal, Roberto de Paula, não iria resolver o problema, pois a reforma das delegacias ou a construção de presídios não pode ser feita em 24h.

Em entrevista ao programa “Ponto Final”, da Rádio Mirante AM, neste sábado (6), o secretário de Segurança disse que o juiz Roberto de Paula não poderia ter lacrado as carceragens das delegacias e muito menos ter determinado a “soltura” dos presos.

- A situação é grave. Foi um ato impensado. O juiz, sem nenhum aviso, chamou o delegado regional, apresentou uma portaria que não é um ato legal determinando a retirada de todos os presos das delegacias e interditando todas as celas. Não adianta querer soltar [os presos] que o problema não se resolve em 24h. Não se pode fazer uma construção ou reforma de forma aleatória. Não se pode fazer de uma hora para outra – disse.

Ainda segundo o secretário, se a “moda pegar”, os maranhenses não vão mais sair de casa.

- Você já viu se a moda pega? Aí mesmo que não vamos mais conseguir sair de casa. Então, temos que parar para reflexão. Foi um ato impensado e uma forma ilegal através de portaria para interditar sem um laudo de coisa nenhuma. Temos que ter responsabilidade e respeito pela população. Em entrevista, ele [juiz Roberto de Paula] cita claramente que soltava os presos de qualquer jeito. Talvez ele haja desta maneira porque ele não perdeu um parente que tenha sido assassinado, ou ele mesmo não tenha sido assaltado. De repente solta um monte de marginal e aí fica difícil – finalizou.

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