Maranhão

Pinheiro será palco de Festival de Tambor de Crioula

Cerca de 20 grupos participam do tradicional evento, que chega em sua décima terceira edição.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h55

SÃO LUÍS - A décima terceira edição do Festival de Tambor de Crioula ocorre nesta quinta-feira, 13, dia da Abolição da Escravatura, às 18h, no bairro sete, no município de Pinheiro.

Cerca de 20 grupos de tambor de crioula se apresentam na rua, mostrando o gingado e a “pungada” da dança típica do Maranhão.

Apesar da programação oficial só começar à noite, desde o início da manhã, a cidade já é marcada pelo toque do tambor. Durante toda a manhã, grupos de jovens aprendizes fazem pequenas intervenções artísticas de tambor voluntário. A festa terá ainda a presença de grupos de cacuriá e rodas de capoeira.

O evento oficialmente tem 13 anos, mas, na verdade, é uma tradição de 40 anos, idealizada por José Martins Soares, conhecido como Zé Macaco, já falecido. Na região, ele é conhecido como um dos principais divulgadores da cultura popular e costumava organizar festas para que os grupos fizessem suas apresentações.

Atualmente, a festa é organizada por Gilmar Amorim e Doegnes Soares, filhos de “Zé Macaco”.

Durante o festival, cada grupo tem um tempo para exibir o ritual de toque do tambor e dança das coreiras, mas sem ter caráter de competição, pois a idéia é trocar experiências e oferecer um espaço e uma data para dar visibilidade à dança no interior do estado.

Há cinco anos, os filhos do criador do festival decidiram fundar o grupo de tambor de crioula de Zé Macaco, que dará início às apresentações, às 19h.

Referência

De acordo com Gilmar Amorim, com quatro décadas de realização, o Festival de Tambor de Crioula já é uma data de referência cultural no calendário da cidade e a festa atrai milhares de pessoas, não só da região, mas também de outros estados como Pará e Piauí. A festa já foi base de estudo para trabalhos acadêmicos e documentários.

Para ele, o interesse pelo tambor de crioula produzido no município de Pinheiro tem uma explicação focada na sensualidade das coreiras da roda de tambor que se distingue da dança realizada no resto do Maranhão.

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