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Governador Flávio Dino tem buscado os ex-aliados (ainda não oficiais) para compor seu projeto para 2022 sem a presença do senador Weverton Rocha

Carla Lima/Editora de Política

Atualizada em 02/05/2023 às 23h37
Flávio Dino tem procurado os ainda aliados de seu grupo para tentar compor projeto para o próximo ano
Flávio Dino tem procurado os ainda aliados de seu grupo para tentar compor projeto para o próximo ano (Divulgação / Governo do Maranhão)

A aproximação das eleições de 2022 fez com que o governador Flávio Dino (PSB) voltasse a fazer o trabalho mais detalhado de buscar nome por nome dos aliados que migraram para o subgrupo do grupo do governador. Os mais assediados são os que compõem o grupo do senador Weverton Rocha (PDT).
Dino tem conversado ou mandado mensageiros diretos aos que, até então, eram considerados aliados, mas que não tinham o tratamento adequado.
Detran, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedes), por exemplo, são espaços disponíveis para abrigar a volta de aliados mais próximos do senador do PDT.
O problema é que o diálogo é considerado tardio por lideranças como Pedro Lucas (PTB), Juscelino Filho (DEM), André Fufuca (PP) e até parte de lideranças do PT.
Dino tem oferecido espaços mais diversos em troca de fidelidade ao seu projeto político, que inclui eleger um sucessor no Palácio dos Leões - cujo candidato ainda não foi divulgado oficialmente, mas sinais apontam para o vice-governado, Carlos Brandão (PSDB).
Todavia, o governador não tem recebido respostas satisfatórias. Ele tem dito que antes não tinha condições de conceder espaços no governo, mas que o momento de aproveitar é este antes do fim de 2021.
Os aliados do senador Weverton Rocha, no entanto, têm deixado claro que não cairão na conversa que vem desde 2018, já que, no caminho, muitos ficaram “desabrigados”.
Aceitação ou não, as ações de Dino com a “oferta” de facilidades políticas com espaços no governo é real, mas o preço é alto. E esse preço é ter os “desgarrados” de volta com a promessa de que caminharão junto a Flávio Dino seja qual for a decisão tomada sobre seu futuro candidato à sucessão.

Negativas

Flávio Dino tem ouvido respostas negativas dos aliados do senador Weverton Rocha que vêm compondo o subgrupo dentro do bloco do governador.
Parte dos procurados reclamam que antes Dino e seus fiéis escudeiros fecharam os canais de diálogos e não cumpriram acordos firmados a cada eleição, considerando de 2018 a 2020.
Mas, diante da proximidade do pleito do próximo ano e a corrida por organizar o grupo partidário para dar base a uma candidatura leonina, Dino está saindo a campo e tentando reorganizar seus aliados.

Sem interesse

Como temem não conseguir ter as promessas cumpridas por Flávio Dino e seus aliados mais próximos, os procurados pelo governador não estão correspondendo às investidas do governador.
Pedro Lucas Fernandes, por exemplo, teve o Detran para chamar de seu, mas, no entanto, não manteve o diálogo sobre a troca proposta pelo Palácio dos Leões que foi de abandonar o barco de
Wevertpn Rocha.
Outros espaços foram oferecidos, como ao Republicanos, por exemplo. Mas sem resposta positiva do partido comandado pelo deputado Cléber Verde.

Movimento fraco

A direção estadual do PT no Maranhão fez movimento inédito dentro da legenda para organizar um lançamento da pré-candidatura de Felipe Camarão ao Governo do Estado.
Em reunião na noite da quarta-feira, 3, parte dos petistas maranhenses se reuniu e organizou uma votação para legitimar a pré-candidatura de Camarão.
O secretário de Educação ganhou, mas o placar na executiva estadual - mesmo em um evento que não tem previsão no calendário do PT - não foi folgado.

Sem previsão

Felipe Camarão teve 10 votos contra 8 desfavoráveis para confirmar - no Maranhão - a sua candidatura.
A reunião, sem previsão legal no estatuto do PT, serve somente para gerar fato político. Explica-se: o PT tem um esquema de escolha de candidato que passa pelas teses políticas eleitorais a serem votadas e aceitas, ou não, pela direção nacional.
O fato é que, Felipe foi “aceito por parte da direção estadual do PT” sem previsão no estatuto, mas com margem pequena de votos. Contando que dois deles têm relação com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), Camarão não tem grandes espaços como neo-petista.

Sem previsão

Nesta mesma votação no PT, a direção estadual do partido “decidiu” não apontar o nome do sociólogo Paulo Romão para a disputa pelo Senado.
O movimento é claro que vem somente de petistas do Palácio dos Leões. A decisão de fato só acontecerá no próximo ano, com os processos de definição de estratégias do PT estadual.
Mas no fim, no entanto, será da direção nacional a definição em relação à composição do partido em cada estado.

De olho
25 votos são necessários para que a Assembleia Legislativa aprove mudanças na lei que estabelece a emenda impositiva no Maranhão.

Escolha

Ainda sobre a escolha de Felipe Camarão em processo fora do calendário petista, o atual presidente estadual de legenda, Augusto Lobato, teve dois aliados votando em Camarão.
Os dois petistas do lado de Lobato já haviam se manifestados a favor do vice-governador, Carlos Brandão.
Ou Lobato faz jogo duplo no Palácio dos Leões a favor de Carlos Brandão, mas com olhares em Felipe Camarão, ou decidiu abandonar o vice e de dedicar a um provável candidato do PT ao governo do Maranhão.

E mais

- O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto (PCdoB), tem se desdobrado para conseguir 25 votos na Casa para aprovação da PEC que prevê mudanças na lei das Emendas Impositivas.
- Inicialmente, o comunista - afastado de Fávio Dino no momento - caiu na ideia do deputado Yglésio Moyses e passou a defender a proposta de mudanças na emenda impositiva.
- O problema é que Yglésio não aguentou à pressão do Palácio dos Leões e retirou sua assinatura e voto na proposta. Mesmo com a desistência do incentivador, Othelino soma 19 votos, faltando cerca de seis votos para fechar os 25 mínimos necessários.

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