SÃO LUÍS – Um homem, identificado como Marcus Vinícius Sousa Corrêa, foi preso nesta quarta-feira (9), acusado de ameaçar uma pessoa envolvida nas investigações sobre o desvio de dinheiro de uma rede de farmácias em São Luís.
Segundo informações do delegado Marcone Matos, titular da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), as investigações sobre o desvio de dinheiro estavam em andamento, e Marcus já havia sido chamado para depor, por ser suspeito de envolvimento no caso, mas aguardava a conclusão das investigações em liberdade.
No entanto, no decorrer do processo, Marcus Vinícius começou a ameaçar uma outra pessoa investigada no inquérito, tentando coagir o suspeito a mudar seu depoimento. Por isso, a Polícia Civil pediu à Justiça a expedição de um mandado de prisão preventiva contra Marcus. O pedido foi acatado, e Marcus Vinícius acabou sendo preso e encaminhado ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, para não atrapalhar as investigações.
“Ele já tinha sido ouvido na delegacia, bem como o outro indiciado. Mas, no decorrer do inquérito policial, ele começou a ameaçar o outro suspeito, e isso começou a prejudicar o andamento do inquérito. Em razão disso, começamos a coletar as provas da ameaça e representamos pela prisão dele, que foi concedida pelo Poder Judiciário. Agora ele vai ter que explicar essas ameaças, porque o inquérito policial tem que correr de maneira célere, mas também dando a oportunidade para a outra parte”, explicou o delegado.
Ainda segundo Marcone Matos, o primeiro suspeito de envolvimento no desvio, que não teve a identidade revelada, declarou ter participação no crime e até explicou como funcionava o esquema. Já Marcus Vinícius, negou qualquer tipo de envolvimento no caso.
“Ele negou ter participação, mas começou a ameaçar o outro indiciado. Se ele não tem nenhum envolvimento, será absolvido, mas não pode de forma alguma tentar prejudicar o inquérito policial. Então, a prisão dele não é, em princípio, por causa do desfalque na empresa, mas por causa das ameaças contra o outro suspeito. Marcus Vinícius foi preso para que se mantenha a ordem pública”, informou o delegado.
Sobre o esquema
As investigações apontam que funcionários da rede de farmácia conseguiam a senha da gerente e cancelavam as compras em dinheiro. Desse modo, o cliente levava os produtos, já que pagava por eles, mas o dinheiro ficava em poder dos funcionários, já que no sistema da farmácia constava que a compra havia sido cancelada.
“A empresa pensava que o objeto ainda estava na farmácia, mas o cliente já havia levado. Assim, durante um dia de trabalho, eles (os criminosos) conseguiam em torno de R$ 400 cada um, totalizando mais de R$ 700 desviados por dia. As investigações apontam que os desvios totalizaram cerca de R$ 48 mil, e o crime só foi descoberto após a empresa passar por uma auditoria. Agora, o inquérito vai continuar, pois faltam algumas coisas a serem levantadas”, declarou Marcone Matos.
Ouça a entrevista que o delegado Marcone Matos deu na rádio Mirante AM, contando detalhes sobre o caso.
*Com informações da Rádio Mirante AM.
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