SÃO LUÍS – Nessa terça-feira (21), a Polícia Civil do Maranhão, por meio da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Senarc), prendeu um perito criminalístico auxiliar do Instituto de Criminalística do Maranhão (Icrim), identificado como Sandro Luís Araújo de Sousa, suspeito de vender armas de fogo que estavam em poder do Icrim.

Segundo informações policiais, a prisão do perito se deu após a polícia iniciar uma investigação sobre o sumiço de armas que estavam no Instituto de Criminalística para serem periciadas. Sendo que, na tarde dessa terça, os policiais flagraram Sandro Luís saindo do Icrim e se dirigindo a uma residência no bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, onde foi flagrado vendendo uma submetralhadora MT .40 taurus, com carregador e munições, para um homem identificado como Jouberth Cabral Sampaio, no valor de R$ 10 mil.

Após fazer uma vistoria no carro do perito, uma Toyota Etios, e na casa de Jouberth Cabral, a polícia encontrou: uma pistola PT 740 taurus calibre .40, 58 munições de .40, 50 munições de 357 Magnum, 10 munições de calibre 32, duas munições .25 CAP, quatro celulares e uma espingarda de pressão 5.5.

Além da prisão do perito Sandro Luís, a Polícia Civil prendeu, também, Jouberth Cabral como receptador. O homem já responde a processos criminais pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e homicídio, e ainda é suspeito de integrar de uma facção criminosa.

De acordo com a Senarc, as investigações sobre o sumiço de armas do Icrim vão continuar, para saber se outros armamentos sumiram e se há mais pessoas envolvidas no crime.

Em nota, a Associação da Polícia Técnico-Científica do Maranhão informou que essa foi uma prática que não representa os profissionais da Perícia Criminal Oficial. Leia a nota, na íntegra!

"Face as notícias veiculadas nos meios de comunicação local sobre a prisão de um Perito Auxiliar, servidor público do Instituto de Criminalística de São Luís, suspeito de envolvimento em desvio de armas custodiadas na Instituição, faz-se indispensável que a APOTEC - Associação da Polícia Técnico-Científica do Maranhão - venha manifestar-se perante à sociedade Maranhense esclarecendo que se trata de um caso que de nenhuma forma representa a conduta dos profissionais da Perícia Criminal Oficial, que é representada pelo Perito Criminal Oficial.

O servidor em questão não tem atribuições legais, administrativas ou estatutárias à confecção e assinatura de Laudos Periciais Oficiais, o que é privativo do Perito Oficial. Acreditamos que as investigações, tanto criminal como administrativa, levarão à plena elucidação dos fatos e que as notícias veiculadas não venham a macular a dignidade e a honra daqueles que compõem os quadros da Perícia Oficial do Maranhão".

Em entrevista à rádio Mirante AM, o delegado Luciano Bastos do Senarc conta detalhes sobre o caso.

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