Resgate

Sindicância responsabiliza coronel por falhas durante resgate de presos de Pedrinhas

Sindicância aponta que as irregularidades que resultaram na fuga dos detentos são de responsabilidade do tenente-coronel Maurílio Claudino Pinto.

Imirante.com

Atualizada em 27/03/2022 às 11h40
 Foto: Divulgação
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SÃO LUÍS - O Imirante.com teve acesso ao Boletim Reservado Nº 038 publicado pelo Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA), no último dia 21 de agosto, o qual apresenta o resultado da sindicância instaurada para apurar o resgate de presos do Centro de Detenção Provisória (CDP) do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que aconteceu na madrugada do dia cinco de maio deste ano. Na ocasião, quatro detentos foram resgatados por um grupo armado, que estava distribuído em três veículos. A sindicância aponta que as irregularidades que resultaram na fuga dos detentos são de responsabilidade do tenente-coronel Maurílio Claudino Pinto, que ocupava o posto de superior de dia do presídio.

Clique aqui e veja, na íntegra, o documento que o Imirante.com teve acesso com exclusividade.

A sindicância concluiu que o comandante não elaborou nenhuma estratégia para evitar resgate dos detentos do CDP, mesmo após o delegado Augusto Barros ter informado, duas horas antes do resgate, que o grupo armado estava se aproximando do Complexo de Pedrinhas. O documento aponta que Maurílio Claudino Pinto não informou aos tenentes que se encontravam em outras unidades prisionais sobre a situação e que não acionou os militares que estavam em horário de descanso, nos presídios São Luís I e II, da iminência da fuga.

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Recai sobre o comandante, também, a responsabilidade por não ter repassado a informação ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF-MA) e ao Grupo de Escolta e Operações Penitenciárias (Geop). A PM-MA conclui que não houve ordem para deslocamento de equipes do Batalhão de Choque, que estavam distribuídas pela Região Metropolitana da capital e que não foram mobilizadas equipes policiais para realização de perseguição aos suspeitos após o resgate.

O documento ressalta que monitores, vigilantes e policiais correram risco de morte durante a ação dos criminosos, que atiraram contra as guaritas de segurança do complexo. Por fim, o militar ainda retirou veículo cedido ao sistema prisional maranhense, horas após a fuga, para tratar de assuntos particulares na cidade de Arari.

O documento aponta que o militar cometeu os seguintes erros:

 Foto: Documento que o Imirante.com teve acesso com exclusividade
Foto: Documento que o Imirante.com teve acesso com exclusividade

Por determinação do comandante-geral da PM-MA, coronel Marco Antônio Alves da Silva, será aberto um inquérito para investigação dos fatos. O resultado da apuração deverá ser entregue em até quarenta dias. Deverão ser ouvidas testemunhas e, ainda, a realização de acareações.

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