Residência Médica

Hospital Estadual Nina Rodrigues terá Residência Médica a partir de 2014

Serão ofertadas cinco vagas por ano para a unidade estadual de saúde.

Divulgação/SES

Atualizada em 27/03/2022 às 12h00

SÃO LUÍS- O Hospital Estadual Nina Rodrigues receberá, em março de 2014, a primeira turma de médicos residentes em psiquiatria. Serão ofertadas cinco vagas por ano para aquela unidade estadual de saúde, que teve o programa de Residência aprovado pelo Ministério da Educação, este mês.

De acordo com o programa - elaborado pela diretora clínica do Nina Rodrigues, Maria José Medeiros, e pelos médicos psiquiatras Hamilton Raposo e Gilberto Silva - os residentes, que serão selecionados em processo seletivo a ser divulgado, terão como campo de atuação as áreas de urgência, emergência e ambulatório, além dos 103 leitos destinados a usuários de drogas e portadores de transtornos mentais do hospital; os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD) e Bacelar Portela (CAPS III); e os hospitais Geral Tarquínio Lopes Filho; Carlos Macieira e Macrorregional de Coroatá.

"Estes espaços serão campos de estágio para os residentes em psiquiatria, que atuarão nestes serviços sob a supervisão de 12 preceptores, ou seja, de médicos habilitados para acompanhá-los", destaca Ruy Cruz, diretor do Nina Rodrigues.

Os alunos residentes terão aulas teóricas e práticas e a residência terá a duração de três anos em um total de 2.880 horas/aulas anuais. "Deste total, 20% são aulas teóricas e 80%, aulas práticas", adianta Maria José Medeiros, diretora clínica do hospital.

O programa de residência médica do Nina Rodrigues foi avaliado por membros da Comissão Nacional de Residência do Ministério da Educação que visitaram o hospital em novembro a fim de verificar de perto aspectos como estrutura, atendimento ofertado, convênios de estágio e a disponibilidade da Secretaria de Estado da Saúde em possibilitar a realização da residência médica. "Eles também averiguaram o arcabouço científico do hospital, bem como o corpo de profissionais que atuam aqui", diz Ruy Cruz.

Carência

A diretora clínica Maria José Medeiros destaca que a residência médica suprirá uma carência de profissionais psiquiatras no estado. "Temos atualmente 30 psiquiatras registrados nas Associações Brasileira e Maranhense de Psiquiatria para cobrir os 217 municípios, ou seja, a oferta está a quem do que a nossa rede precisa", diz ela.

Além dos 12 médicos psiquiatras que acompanharão os residentes, o Hospital Nina Rodrigues disponibilizará a infraestrutura necessária para o aprendizado, a exemplo de biblioteca, auditório e alojamento.

Os cinco residentes terão ainda direito a uma bolsa. "Esta bolsa é de responsabilidade do Estado, mas nós, do hospital, estamos concorrendo no edital Pró-residência, do governo federal, com a finalidade de ajudar no custeio destas bolsas", frisa Ruy Cruz.

Para o diretor, a residência médica vai propiciar mudanças no modelo assistencial até agora ofertado pelo Nina Rodrigues. "O hospital está se adequando ao que preconiza o Sistema Único de Saúde (SUS), possibilitando a desinstitucionalização de pacientes de longa permanência, atendimento ao usuário de drogas que, de maneira voluntária, deseje passar pelo período de desintoxicação, além da organização do serviço ambulatorial", observa Ruy Cruz.

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