SÃO LUÍS - “Estamos juntos há 30 anos e encontramos agora a oportunidade de sermos casados oficialmente. Agora, nós renovamos e esperamos ficar mais 30 anos casados”. A declaração é de Antônia Silva, de 57 anos. Ela oficializou a união com Gustavo Silva, de 67 anos. Eles formaram um dos 430 casais que participaram do projeto “Casamento Comunitário”, realizado na tarde de sábado (14), na Concha Acústica da Universidade Federal do Maranhão, promovido pela Corregedoria Geral da Justiça em parceria com o SESI e Universidade Federal do Maranhão.

Os casais começaram a chegar ao local por volta das 14h e, depois de pegarem seus processos, aproveitaram para tirar fotos ao lado do bolo. Em seguida, tomaram seus assentos para aguardar o início da solenidade. Por volta das 17h, a abertura do casamento, anunciada pelos acordes da Banda da Polícia Militar.

“Vejo esta solenidade com muita alegria. E trago a vocês a seguinte mensagem: casar é fácil. O difícil é viver o casamento, e o primordial entre marido e mulher é, exatamente, o respeito. Todo homem deve respeitar a sua esposa e toda mulher deve respeitar seu marido”, afirmou o corregedor-geral da Justiça, desembargador Cleones Cunha, em discurso de abertura da cerimônia.

Para a noiva Sarah Raquel Fonseca, de apenas 15 anos, este é o momento mais importante da sua vida. “agora demos o passo mais importante, que é casar. E nossa responsabilidade aumenta ainda mais, porque estou esperando um bebê”, disse ela, ao lado do noivo Raynon Willean Dutra, de 21 anos. Eles formaram o casal mais novo da cerimônia.

Para o comunicólogo Gilberto Mineiro, que ficou sabendo do casamento comunitário pela internet, o projeto é válido. “É interessante porque, além de gratuito, é rápido e proporciona a muitas pessoas a regularização de suas uniões”, ressaltou. Ele casou-se com Amália Raquel, depois de cinco anos de relacionamento.

Alguns casais especiais, a exemplo do mais novo e do mais idoso, receberam a documentação no palco, em frente à mesa composta pelas autoridades. Um dos mais celebrados pelo foi o casal Vergílio Buzzon, de 76 anos, e Sônia Maria Galvão da Silva, que formaram o casal mais velho. “Depois de vermos pela televisão, resolvemos oficializar a nossa união, que completa agora 11 anos”, afirmou Vergílio.

Equipe – Mais de 100 pessoas, entre servidores do Tribunal de Justiça, Corregedoria Geral da Justiça, SESI e UFMA, trabalharam durante o casamento. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros Militar também estiveram a postos no local. Para controlar o trânsito, o evento contou com a ajuda da Polícia Rodoviária Federal e de Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes.

O projeto “Casamentos Comunitários” foi criado em 1999, pelo desembargador Jorge Rachid, corregedor-geral da Justiça à época e presente na cerimônia de sábado. Desde então, mais de 30 mil casamentos foram realizados dentro do projeto, em São Luis e em comarca do interior do Maranhão.

Entre as autoridades presentes no evento, o vice-presidente da Federação das Indústrias do Maranhão, José de Ribamar Fernandes, a secretária de Estado da Mulher Catarina Bacelar, representando a governadora Roseana Sarney, a juíza Francisca Galiza e Felipe Camarão, representando o Tribunal de Justiça, além do desembargador Jorge Rachid e o ex-presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Galba Maranhão.

Para realizar os casamentos foram convocados 50 juízes. “Sempre participo desses casamentos comunitários com muita satisfação. Vejo como um dos maiores projetos do Judiciário e sei o quanto ele é importante, principalmente para as pessoas mais carentes”, destacou o juiz Alexandre Abreu.

Houve, ainda, o sorteio de mais de 80 brindes para os casais, entre liquidificadores, batedeiras, microondas e uma televisão LCD. Ao final da solenidade, cada casal ganhou um mini-bolo. “Foi uma grande festa. Saímos daqui satisfeitos”, afirmou Antônio Ferreira, acompanhado da mulher Carla e da filha Júlia, de apenas 1 ano de idade.

Fonte: Corregedoria TJ-MA

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