Jazz & BLues

Yamandu Costa é a atração da segunda noite do Festival de Jazz e Blues

Circuito de São Luís se encerra com as presenças de Marcelo Carvalho e Quarteto e Taryn Szpilmann.

Pedro Sobrinho / Imirante

Atualizada em 27/03/2022 às 12h34

SÃO LUÍS - A segunda noite do 3º Lençóis Jazz e Blues Festival prossegue na noite desta quarta-feira (10), no Teatro Artur Azevedo. O instrumentista maranhense Marcelo Carvalho e Quarteto abrem à noite do festival.

Acompanhado de Moisés (bateria), Israel Dantas (guitarra e violão), Nema Antunes (contrabaixo), Marcelo Carvalho (piano) definiu o repertório à base de Gilson Peranzetta, do guitarrista norte-americano Pat Metheny, além de chorinho, bossa nova, baião, entre outros ritmos brasileiros.

"Essa é uma oportunidade ímpar de improvisar no palco do Teatro Artur Azevedo. E para essa celebração convidei Nema Antunes, baixista de Ivan Lins, Moisés, ex-baterista da banda Black Rio" e Renato Serra, destaque maranhense nos teclados, adiantou.

A festa continua com a carismática cantora carioca Taryn Szpilman e Trio. Acompanhada de Cláudio Infante (bateria) e de um guitarrista local, cujo o nome não foi revelado, Taryn apresentará o show "Bluezz", revisitando os clássicos do jazz, blues e suas vertentes, até a soul e o classic rock, dos anos 30 aos 60.

Serão homenagens aos inovadores mestres Ray Charles, Billie Holiday, Jimmi Hendrix, Muddy Waters, Etta James, Led Zeppelin, Janis Joplin e Muddy Waters. Nesse show, também serão apresentados novidades do CD, que será lançado no Rock In Rio 2011, "Negro Blue", volume 2.

Encerrando à noite e o circuito de São Luís, a atração mais esperada do festival, o violonista Yamandu Costa. Conhecido pela emocionante interpretação de seus dedilhados ao violão, o instrumentista gaúcho Y Ele retorna a ilha para mostrar com quantos acordes se faz um show instrumental.

Violonista e compositor de Passo Fundo. Começou a estudar violão aos sete anos. Aprimorou-se com Lúcio Yanel, virtuoso

argentino radicado no Brasil. Até os quinze anos sua única escola musical era a música folclórica do sul do Brasil, Argentina e Uruguai.

Depois de ouvir Radamés Gnatalli, ele começou a procurar por outros brasileiros, tais como Baden Powell, Tom Jobim,

Raphael Rabello, entre outros. Aos dezessete anos apresentou-se pela primeira vez em São Paulo no circuito cultural Banco do Brasil, produzbido pelo estúdio tom brasil, e a partir daí passou a ser reconhecido como músico revelação do violão brasileiro.

Toca estilos diversos como choro, bossa nova, milonga, tango, samba e chamamé, sendo difícil enquadrá-lo em uma corrente

musical. É reconhecido como músico revelação do violão brasileiro.

Confesso Que Ouvi

No hall do Teatro Artur Azevedo o Juiz do Trabalho, escritor e jazzófilo, Érico Renato Serra Cordeiro, apresenta o livro "Confesso Que Ouvi", lançado na noite de abertura do festival, ontem (9), no Teatro Artur Azevedo.

O magistrado e professor, apaixonado por música, faz uma sessão de autógrafos de seu novo livro que, repleto de metáforas, envolve o leitor em uma atmosfera poética que resgata o passado em um minucioso trabalho de pesquisa.

Em 396 paginas o autor esclarece inúmeras curiosidades e faz descrições históricas de obras de setenta jazzistas, entre eles os consagrados Duke Ellington, Dave Brubeck, Dizzy Gillespie, Lester Young, Gerry Mulligan, Charles Mingus, Art Blakey e Wynton Marsalis, Benny Golson, Freddie Hubbard, Cannonball Adderley, Jimmy Heath, Bud Powell, Bill Evans e Clark Terry e também de outros artistas não tão famosos como Bernard Wilen, Freddie Redd, Eden Ahbez, Lou Blackburn, Hampton Hawes e a pianista alemã Jutta Hipp. Muitos desses músicos retratados no livro fazem parte da gerações que cultivaram o bebop, o cool jazz e o hard bop nas décadas de 1940 e 1950.

Primeira Noite

Um público restrito mais atento e ávido por jazz, bossa nova, misturas e viagens harmônicas que o Jazz e o Blues, mesmo parecendo empíricos, são capazes de proporcionar.

Para quem foi ao Teatro, achando que fosse ouvir o Jazz e o Blues na essência acabou encontrando música como reinvenção, revisitando standards dos dois gêneros, a bossa nova de João Gilberto, "Cravo e Canela", de Milton Nascimento, "A Namorada", de Carlinhos Brown", o "Dente de Ouro", de Josias Sobrinho, em textura jazzística, assim como "Preciso Me Encontrar", de Candeia, em timbre medieval da harpa.

Mila Camões, a carioca de alma maranhense, abriu à noite e cativou o público um show singelo e consistente no Teatro Artur Azevedo. A artista estava vivendo um momento ímpar em sua carreira, pois segundo ela, a sua primeira aparição solo no palco de um dos teatros mais imponentes da América Latina, quiçá, do planeta.

Nota máxima para o trio que a acompanhou, leia-se, George Gomes (bateria), Jeff Soares (violoncelo) e a grata surpresa Wesley Souza (piano). Todos afinados e preocupados, na mistura sem perder a essência e da percepção de que música é uma arte que não aceita segregação e que pode ser lapidada. Tudo depende da criatividade de cada. Assim fizeram Mila Camões e o power trio em "A Namorada", de Carlinhos Brown e em "Dente de Ouro", de Josias Sobrinho.

Na sequencia, a veterana Ithamara Koorax entra em cena acompanhada dos virtuoses Victor Biglione (guitarrista) e Sérgio Barroso (contrabaixo acústico) para reverenciar João Gilberto e a Bossa Nova. Se perguntarem para mim o que achei do show ? Direi. "Nada de novo no front", mas ouvir Ithamara Koorax fechando o show dela com a antológica "Desafinado" literalmente afinada e com a harmonia do jazz foi digno de aplauso e um bravo.

A harpa a serviço de um festival de Jazz e Blues. A carioca Cristina Braga constata que isso é possível. E vai além, quando comenta que o importante é a viagem, que faz com sua ferramenta predileta e de trabalho, pela músicas em suas mais variadas nuances. Que luxo, a interpretação para "Preciso Me Encontrar", de Candeia.

Enfim, servir de cenário para um festival de Jazz e Blues é importante para São Luís. Aqui nós respiramos arte e cultura e receber uma ideia dessa e absorver deve ser traduzida como uma redenção.

Programação (Quarta-Feira - dia 12/08)

19h- Lançamento do livro: "CONFESSO QUE OUVI", Juiz do Trabalho e jazzófilo, Érico Renato Serra Cordeiro.

20h- Marcelo Carvalho e quarteto

21h- Taryn Szpilman e Trio

22h-Yamandu Costa

Itinerância

Depois de São Luís, o 3º Lençóis Jazz e Blues Festival prossegue, de sexta (12) a domingo (14, no Gran Solare Lençóis Resort, na cidade de Barreirinhas, local onde foi concebido pelo produtor e músico maranhense Tutuca Viana, com a parceria da Rede ICEP, da jornalista Patricia Santiago, entre tantas outras pessoas, que acreditam em ser essencial fugir do lugar comum em alguns momentos da vida.

Serviços

1º Lençóis Jazz e Blues Festival- Circuito São Luís:

Data: 9 e 10 de agosto de 2011 - Horário: 20h

Local:

Teatro Arthur Azevedo

Ingressos: R$ 40,00 (dias 9 ou 10) e R$ 60,00 (passaporte para os dias 9 e 10)

Locais de venda: nos dias do evento no Teatro Arthur Azevedo e antecipadamente na agência Uimar Jr Turismo (Avenida Coronel Colares Moreira, Ed. Multimpresarial, 10, São Luís – MA) Fones: (0xx)98 3227-2369

III Lençóis Jazz e Blues Festival – Circuito Barreirinhas:

Data: 12 e 13 de agosto de 2011 -

Horário: 21h

Local: Gran Solare Lençóis Resort- Lençóis Maranhenses, Estrada de São Domingos, s/nº, Povoado Boa Vista, Barreirinhas/MA, Tel.: (55 98) 3349-6000 email:reservas.lencois@gruposolare.com.br

(http://www.gruposolare.com.br)

Ingressos: R$40,00 (dias 9 ou 10) e R$ 60,00 (passaporte para os dias 9 e 10)

Locais de venda: nos dias do evento no Gran Solare Lençóis Resort e, antecipadamente, na agência Uimar Jr Turismo (Avenida Coronel Colares Moreira, Ed.Multiempresarial, 10, São Luís – MA) Fones: (0xx)98 3227-2369 begin_of_the_skype_highlighting / 98 3227-2369)

Data: 14 de agosto de 2011

Horário: 17h (ABERTO AO PÚBLICO) Local: Av. Beira Rio (às margens do rio Preguiças, em Barreirinhas.

Realização: Tutuca Viana Produções Apresentação: Rede ICEP

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