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Kadhafi segue na Líbia, diz governo; protesto é atacado

País enfrenta onda de protestos contra o governo, com centenas de mortos.

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h42

SÃO PAULO - O vice-chanceler líbio, Jaled Kaim, disse nesta segunda-feira (21) na TV que o coronel Muammar Kadhafi continua no país, desmentindo boatos de que ele teria fugido para o exterior, em meio aos fortes protestos de rua que tomam o país africano nos últimos dias.

"O líder está na Líbia, assim como todas as autoridades do governo", disse o vice-ministro.

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, havia afirmado ter obtido informações que indicavam que Kadhafi viajou para a Venezuela.

"Vocês me perguntaram mais cedo se o coronel Kadhafi estaria na Venezuela", afirmou a repórteres, em meio a reunião dos chanceleres europeus em Bruxelas.

"Eu não tenho nenhuma informação que diga isso, mas vi algumas informações que sugerem que ele está a caminho de lá neste momento."

Uma fonte do governo da Venezuela, no entanto, negou a informação de que o líder líbio estaria a caminho do país.

A Líbia enfrenta uma onda de protestos de rua em várias cidades contra o coronel, no poder desde 1969, e a repressão aos manifestantes já teria matado centenas de pessoas, segundo grupos de defesa dos direitos humanos. As informações oficiais são poucas e evasivas.

Os protestos chegaram nesta segunda à capital, Trípoli, onde há relato de ataques aéreos e de mercenários armados a manifestantes nas ruas.

Testemunhas relatam um "massacre", com muitas mulheres entre os mortos. Há relatos de rajadas esporádicas de tiros.

Também nesta segunda, a missão da Líbia na ONU anunciou o rompimento com o regime e apoio aos manifestantes, engrossando uma lista de deserções que inclui diplomatas, militares, líderes tribais e líderes religiosos.

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