São Luís

Greve de agentes compromete plano de contingência da dengue

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h43

SÃO LUÍS - Permanece o impasse entre o Sindicato dos Trabalhadores do Controle de Endemias (Sintracema) e a Prefeitura de São Luís. A reunião, que estava marcada para a manhã de ontem, não aconteceu. Enquanto a greve continua, o plano de contingência da dengue elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde (Semus) está comprometido e mais casos da doença devem ser registrados na cidade. Até o dia 22 deste mês, 20 pessoas haviam sido contaminadas na capital maranhense.

A reunião entre os representantes da Prefeitura de São Luís e a direção do Sintracema, que poria fim ao movimento grevista da categoria, não pôde ocorrer porque o procurador-geral do Município não compareceu ao local acordado desde a terça-feira, dia 25. O diretor do Sintracema, Bernardo Medeiros, afirmou que os advogados e o corpo diretivo do sindicato estiveram na sede da Semus, no Parque do Bom Menino, até as 13h, embora o horário acertado tenha sido 11h.

Na quarta-feira, dia 26, o sindicato entregou uma planilha com as reivindicações da classe, sendo as principais a substituição dos equipamentos de proteção individuais (EPIs) quebrados e fornecimento de material conforme homologação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT); substituição e aumento do número das bombas para borrifação do larvicida da dengue; conserto e aquisição de veículos para borrifação do sistema "fumacê"; exames periódicos semestrais de acordo com a legislação; calendário fixo de pagamento de salários com data fixa; aumento da insalubridade para 40% para agentes e contratados; redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais; piso salarial de dois salários mínimos; reforma do setor de entomologia da zoonose localizado na Universidade Estadual do Maranhão (Uema).

Contestou - Bernardo Medeiros contestou a informação de que a administração municipal não sabia da paralisação e de posse de todos os documentos entregues pelo Sintracema e a ata de reunião ocorrida na terça-feira, dia 25, o diretor afirmou que houve comunicação tanto à Semus quanto ao TRT. "Na reunião, que teve a presença do secretário Gutemberg Araújo, o procurador-geral Francisco Coelho Filho e nossos advogados, nós informamos que a greve seria iniciada no dia 27 deste mês com concentração na Praça Deodoro e caminhada até o Palácio de La Ravardière", disse.

A coordenadora de epidemiologia da Semus, Elza Lima, disse que não poderia afirmar até quando permanecerá o impasse e informou que a greve deve dificultar o cumprimento do plano de contingência da dengue na Capital. "Essa greve dificulta a execução do plano e por isso a Semus vai encontrar alternativas de oferecer o serviço às comunidades", destacou a coordenadora.

Por meio de sua assessoria, a Semus informou que o procurador-geral não pôde chegar no horário à reunião por causa de outra, ocorrida no mesmo horário, em outro local e que a comissão do sindicato havia concordado em esperá-lo, mas saiu antes que ele chegasse. Com relação às reivindicações, a assessoria disse que não haverá um posicionamento do secretário de Saúde sem que antes haja uma discussão das pautas com o Sintracema.

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