Economia

Expansão da economia brasileira desacelera no 2º trimestre, diz Serasa

Indicador de expansão recuou para 0,6%. No semestre, crescimento acumulado é de 8,4%.

G1

- Atualizada em 27/03/2022 às 12h50

SÃO PAULO - A expansão da economia brasileira recuou para 0,6% no segundo trimestre deste ano (abril a junho) em relação aos três primeiros meses deste ano, segundo aponta o Indicador Serasa Experian de Atividade Econômica (PIB Mensal), divulgado nesta segunda-feira (23), descontadas as influências sazonais. De acordo com a Serasa Experian, o crescimento registrado no primeiro trimestre havia sido de 2,7%.

Ainda que tenha sido registrada desaceleração no segundo trimestre, o crescimento acumulado no primeiro semestre deste ano foi de 8,4% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Segundo a Serasa, essa é a maior taxa desde os 9,5% registrados no primeiro semestre de 1995.

Maior influência

De acordo com o levantamento, o crescimento econômico do primeiro semestre foi impulsionado pelo setor industrial, com expansão de 13,3% sobre o mesmo período do ano passado. O setor agropecuário também contribuiu para o resultado, com alta de 7,5% nos seis primeiros meses de 2010. Já o setor de serviços teve um aumento menor em relação aos outros setores, de 5,5%. Os dados consideram a ferta agredada.

O aumento dos investimentos (formação bruta de capital fixo) neste primeiro semestre foi de 26,7% em relação ao mesmo período de 2009. As exportações de bens e serviços registraram crescimento de 10,9% no acumulado dos seis primeiros meses de 2010. Os dados levam em conta a demanda agregada.

O consumo das famílias, que tem o maior peso no PIB brasileiro cresceu 7,9% nos primeiros seis meses de 2010.

Nos 12 meses encerrados em junho de 2010, o crescimento econômico atingiu 4,9%, também determinado pelo avanço de 5,3% da atividade industrial nesse mesmo critério de comparação.

Motivos

De acordo com os economistas da Serasa Experian, o ritmo de 8,4% atingido pela economia brasileira durante o primeiro semestre dificilmente irá se repetir na segunda metade deste ano.

"Primeiro porque, como o país saiu rapidamente da recessão no ano passado, a base de comparação (PIB do segundo semestre de 2009) já é mais elevada. Segundo, porque os estímulos fiscais à aquisição de veículos e outros bens duráveis já não estão mais em vigor. Terceiro, porque as taxas de juros estão mais elevadas e, por fim, vários países desenvolvidos passaram a apresentar novos sinais de enfraquecimento econômico", disse a Serasa em nota.

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