Economia

Arrecadação bate recorde para junho e primeiro semestre

Números foram divulgados hoje pela Receita Federal. Em junho, arrecadação subiu 8,5%.

Alexandro Martello/G1

Atualizada em 27/03/2022 às 12h51

BRASÍLIA - A arrecadação de impostos e contribuições federais, e das demais receitas, somou R$ 61,4 bilhões em junho deste ano, informou nesta quinta-feira (15) a Secretaria da Receita Federal. No primeiro semestre de 2010, de acordo com dados do órgão, a arrecadação totalizou R$ 379,4 bilhões.

Segundo o órgão, a arrecadação bateu recorde para meses de junho e também para os seis primeiros meses deste ano. A série histórica da Receita tem início em 1995.

Na comparação com junho de 2009, o crescimento real da arrecadação (com valores já corrigidos pela inflação) foi de 8,54%, de acordo com o governo. Apesar do crescimento, houve queda no ritmo de expansão, uma vez que, em maio (contra o mesmo mês de 2009), o crescimento havia sido bem maior: de 16,55%.

A arrecadação vem batendo recordes, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, desde outubro do ano passado. Deste modo, junho é o nono mês seguido de recorde.

Já no primeiro semestre, a arrecadação avançou 12,48%. Sobre igual período do ano passado, a arrecadação cresceu R$ 42,48 bilhões, em termos reais. Se os números não forem corrigidos pela inflação, o crescimento é mais alto: de R$ 58,11 bilhões.

Crescimento econômico

Após recuar em 2009 por conta da crise financeira, a arrecadação vem crescendo neste ano impulsionada pelo forte ritmo de crescimento da economia brasileira.

Quando a economia cresce, aumenta a demanda por produtos e serviços, que têm impostos e contribuições embutidos em seus preços. No primeiro trimestre deste ano, contra igual período de 2009, a economia cresceu 9%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Além disso, em 2009, com a economia fraca, em consequência das turbulências externas, o governo arrecadou menos - o que também baixou a base de comparação. No ano passado, o governo também diminuiu tributos para estimular o crescimento econômico, fator que também contribuiu para baixar a arrecadação.

Dados já mostram, porém, o reaquecimento da economia neste ano. A produção industrial, por exemplo, cresceu 17,54% no primeiro semestre, enquanto o volume geral de vendas subiu 14,55% e a massa salarial avançou 10,78%.

Impacto nos impostos

Com o retorno de um ritmo mais acelerado de crescimento econômico neste ano, e também com o fim das desonerações de tributos, a arrecadação voltou a ganhar fôlego em 2010.

Com o IPI de Automóveis, por exemplo, governo arrecadou 233% a mais no primeiro semestre. O imposto havia sido reduzido em 2009 para estimular a economia. Também subiu a arrecadação do IRRF-Rendimentos do Trabalho, que avançou 6,93% nos seis primeiros meses deste ano.

Com a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), houve o crescimento real de 19,3% de janeiro a junho deste ano e, no caso do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), cuja alíquota para estrangeiros subiu 2% em outubro do ano passado, o aumento foi de 33,10% nos seis primeiros meses de 2010.

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