RIO DE JANEIRO - Cerca de dez micro e pequenas empresas fluminenses que atuam na área de tecnologia da informação (TI) participam a partir de segunda-feira (17) da Missão Portugal, que a Riosoft - braço do Programa Softex do Ministério da Ciência e Tecnologia no estado do Rio de Janeiro - promove na Cidade do Porto, em Portugal.

A missão é consequência das ações empreendidas nos últimos anos pela Riosoft no Brasil, da qual participaram empresas portuguesas. Durante o evento, que se estenderá até o dia 22, será celebrada entre os dois países uma carta de intenções para a implantação da Aceleradora de Empresas Brasil/Portugal.

O diretor da área internacional da Riosoft, Alberto Blois, informou à Agência Brasil que a entidade vai promover uma internacionalização mais rápida das empresas, “tanto das portuguesas no Brasil, quanto das brasileiras em Portugal, usando Portugal como trampolim para atuação na Europa e nos países lusófonos da África”.

Fazem parte da agenda da missão seminários, encontros empresariais e rodadas de negócios, além de visitas técnicas a empresas portuguesas de TI. Cerca de 50 empresas de Portugal já confirmaram participação no encontro. Blois garantiu que as rodadas de negócios vão gerar contatos positivos. “E isso vai deslanchar em negócios. Não tenho dúvida.”

A Missão Portugal terá também representantes do Canadá, Suécia, Estados Unidos, o que amplia a vitrine para os produtos de TI do Brasil. “O que Portugal quer é se inserir como um entreposto. As coisas do Brasil que tiverem que entrar na Europa entram por ali e as coisas que tiverem que sair da Europa saem por ali”. Para ele, esse processo é favorável às empresas brasileiras na medida em que torna torna o contato mais forte. O mesmo ocorre em relação a Portugal, porque cria um marco de tecnologia naquela região.

O diretor da Riosoft disse que a inovação é um diferencial das empresas brasileiras de TI. “A grande sacada, a flexibilidade de soluções, a capacidade de superar problemas. A gente está criando uma espécie de grife do Brasil na área de TI".

Ele destacou também que o Brasil começa a se destacar no uso de tecnologias com foco socioambiental. A TI ajuda a monitorar ações de inclusão social e responsabilidade ambiental. Muitas empresas fluminenses de TI desenvolvem soluções de monitoramento de áreas reflorestadas e de consumo de recursos, por exemplo. “[A internacionalização] gera novos postos de trabalho e mão de obra mais qualificada. Esse é um ciclo virtuoso".

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