Protestos

Confrontos com o Exército deixam 22 mortos na Tailândia

G1, com agências internacionais

Atualizada em 27/03/2022 às 12h54

O primiero-minsitro tailandês, Abhisit Vejjajiva, disse neste sábado (15) que as forças de seguranças não irão recuar, mas sim pressionar até o fim do conflito com os manifestantes antigoverno conhecidos como 'camisas vermelhas'. O confronto nas ruas da capital, Bangcoc, já dura três dias e matou ao todo 22 pessoas.

"O governo precisa agir. Não podemos recuar. Estamos fazendo isso pelo bem do país. Não podemos deixar a nação nas mãos de grupos armados", disse ele em um prionunciamento na TV. É a primeira vez que o premiê comenta os incidentes no país.

Desde quinta-feira, quando começaram os enfrentamentos, 170 pessoas ficaram feridas e 22 morreram. As mortes ocorreram durante tiroteio entre os camisas vermelhas, que exigem a renúncia do primeiro-ministro, e o Exército.

A briga ocorre em vários pontos do centro da capital. O Exército colocou barricadas para tentar conter os manifestantes e proteger regiões comerciais. Os camisas vermelhas, que acampavam nas ruas, acusam o governo de atirar deliberadamente contra a multidão.

Fontes militares estimaram que cerca de 500 camisas vermelhas seguem usando armas de fogo contra soldados em áreas da região central da cidade, e a situação permanece tensa naquela zona. Por conta da violência, o comando planeja aumentar o número de soldados das tropas.

"As tropas até podem estar fazendo avanços em isolar a área, mas a um preço alto", disse em entrevista à agência de notícias Reuters o cientista político Thitinan Pongsudhirak, da Universidade Chulalongkorn. Segundo ele, o aumento do número de mortes pode enfraquecer o primeiro-ministro.

A embaixada do Brasil em Bangcoc emitiu um cominucado em seu site dizendo que os brasileiros que precisarem ir até a embaixada devem ligar antes para saber se o escritório está aberto.

Origem

A crise se aprofundou na Tailândia na quinta-feira, com a decisão do primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, de cancelar as eleições antecipadas e de enviar blindados para isolar o bairro de Bangcoc onde permanecem entrincheirados os camisas vermelhas. Também na quinta, o general rebelde Khattiya Sawasdipol levou um tiro na cabeça, aparentemente vítima de um franco-atirador. Segundo os médicos, o general se encontra em estado de coma profundo.

Os camisas vermelhas são partidários do ex-líder Thaksin Shinawatra, deposto por militares em 2006 e condenado a dois anos de prisão por corrupção.

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