SÃO PAULO - A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, disse nesta quinta-feira (29) que o vazamento de óleo combustível no Golfo do México é um desastre "de importância nacional".
A guarda costeira americana detectou vazamento de petróleo na plataforma que explodiu e afundou há uma semana.
Ao menos 5 mil barris de petróleo estão vazando diariamente no Golfo do México, um volume cinco vezes superior ao estimado previamente, informou a Guarda Costeira dos Estados Unidos.
"Descobriram um novo ponto de vazamento", assinalou o oficial Erik Swanson à agência France Presse. Isto equivale a "5 mil barris diários".
A maré negra poderá chegar ao delta do Missisipi nesta sexta, segundo informação oficial; o presidente Barack Obama prometeu mobilizar "todos os meios disponíveis", entre eles o Exército, para lutar contra a tragédia.
O governador da Louisiana, Bobby Jindal, declarou estado de emergência devido ao vazamento.
O gabinete do governador fez o anúncio na capital de Louisiana, Baton Rouge.
Esta decisão permite que as autoridades locais utilizem os recursos do estado e da ajuda federal para combater o "impacto previsto da chegada à costa da Luisiana do petróleo proveniente do vazamento da (plataforma) Deepwater Horizon", ressalta o comunicado do gabinete do governador.
A mancha negra "ameaça os recursos naturais do estado, principalmente a terra, a água, os peixes, a fauna selvagem, as aves e outros recursos biológicos, e também representa uma ameaça para a sobrevivência dos habitantes da Louisiana que vivem no litoral", acrescentou o documento.
Queima da mancha
Equipes de emergência iniciaram nesta terça-feira (28) a queima controlada da gigantesca mancha de petróleo provocada pela explosão de uma plataforma no Golfo do México, diante da ameaça de o óleo chegar à costa da Louisiana.
"É incendiada com uma pequena boia que se desloca pela mancha e a inflama. A queima ocorre satisfatoriamente", disse o oficial da Guarda Costeira Cory Mendenhall sobre a operação para paliar os efeitos do vazamento provocado pelo afundamento da plataforma petroleira diante da costa americana, na quinta-feira passada.
A drástica decisão de atear fogo à maré negra foi adotada após a mancha chegar a cerca de 40 km dos pântanos de Louisiana, hábitat de diversas espécies.
Uma frota de barcos da Guarda Costeira e da companhia britânica de petróleo BP empurrava as partes mais densas da mancha para uma barreira flutuante resistente ao fogo.
"O plano é queimar, de forma restrita e controlada, milhares de galões de petróleo, e cada operação dever durar cerca de uma hora", explicaram as autoridades e a BP.
A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) americana advertiu mais cedo que os fortes ventos de sudeste previstos para os próximos dias poderão empurrar a maré negra para os pântanos da Louisiana.
A plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, afundou na quinta-feira passada 240 km a sudeste de Nova Orleans, dois dias depois de uma explosão que causou a morte de 11 trabalhadores.
A queima da mancha de petróleo para proteger a costa provocará seus próprios problemas ambientais, criando enormes nuvens de fumaça tóxica e deixando resíduos no mar.
Na terça-feira, fracassaram as tentativas de fechar dois focos de vazamento no oleoduto ligado à plataforma, realizadas por quatro submarinos robotizados a 1.500 metros de profundidade.
Saiba Mais
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.