Meio ambiente

Vazamento no Golfo do México é 'desastre nacional', dizem EUA

G1, com informações da France Press

Atualizada em 27/03/2022 às 12h55

SÃO PAULO - A secretária de Segurança Interna dos Estados Unidos, Janet Napolitano, disse nesta quinta-feira (29) que o vazamento de óleo combustível no Golfo do México é um desastre "de importância nacional".

A guarda costeira americana detectou vazamento de petróleo na plataforma que explodiu e afundou há uma semana.

Ao menos 5 mil barris de petróleo estão vazando diariamente no Golfo do México, um volume cinco vezes superior ao estimado previamente, informou a Guarda Costeira dos Estados Unidos.

"Descobriram um novo ponto de vazamento", assinalou o oficial Erik Swanson à agência France Presse. Isto equivale a "5 mil barris diários".

A maré negra poderá chegar ao delta do Missisipi nesta sexta, segundo informação oficial; o presidente Barack Obama prometeu mobilizar "todos os meios disponíveis", entre eles o Exército, para lutar contra a tragédia.

O governador da Louisiana, Bobby Jindal, declarou estado de emergência devido ao vazamento.

O gabinete do governador fez o anúncio na capital de Louisiana, Baton Rouge.

Esta decisão permite que as autoridades locais utilizem os recursos do estado e da ajuda federal para combater o "impacto previsto da chegada à costa da Luisiana do petróleo proveniente do vazamento da (plataforma) Deepwater Horizon", ressalta o comunicado do gabinete do governador.

A mancha negra "ameaça os recursos naturais do estado, principalmente a terra, a água, os peixes, a fauna selvagem, as aves e outros recursos biológicos, e também representa uma ameaça para a sobrevivência dos habitantes da Louisiana que vivem no litoral", acrescentou o documento.

Queima da mancha

Equipes de emergência iniciaram nesta terça-feira (28) a queima controlada da gigantesca mancha de petróleo provocada pela explosão de uma plataforma no Golfo do México, diante da ameaça de o óleo chegar à costa da Louisiana.

"É incendiada com uma pequena boia que se desloca pela mancha e a inflama. A queima ocorre satisfatoriamente", disse o oficial da Guarda Costeira Cory Mendenhall sobre a operação para paliar os efeitos do vazamento provocado pelo afundamento da plataforma petroleira diante da costa americana, na quinta-feira passada.

A drástica decisão de atear fogo à maré negra foi adotada após a mancha chegar a cerca de 40 km dos pântanos de Louisiana, hábitat de diversas espécies.

Uma frota de barcos da Guarda Costeira e da companhia britânica de petróleo BP empurrava as partes mais densas da mancha para uma barreira flutuante resistente ao fogo.

"O plano é queimar, de forma restrita e controlada, milhares de galões de petróleo, e cada operação dever durar cerca de uma hora", explicaram as autoridades e a BP.

A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) americana advertiu mais cedo que os fortes ventos de sudeste previstos para os próximos dias poderão empurrar a maré negra para os pântanos da Louisiana.

A plataforma Deepwater Horizon, operada pela BP, afundou na quinta-feira passada 240 km a sudeste de Nova Orleans, dois dias depois de uma explosão que causou a morte de 11 trabalhadores.

A queima da mancha de petróleo para proteger a costa provocará seus próprios problemas ambientais, criando enormes nuvens de fumaça tóxica e deixando resíduos no mar.

Na terça-feira, fracassaram as tentativas de fechar dois focos de vazamento no oleoduto ligado à plataforma, realizadas por quatro submarinos robotizados a 1.500 metros de profundidade.

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