Presidente

Lula ficou preocupado com pressão, mas continuará viajando

Após fazer check-up, ele disse que saúde e exames estão 'perfeitos'.

Marta Cavallini/ G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h00

SÃO PAULO - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, neste sábado (30), que ficou preocupado com a crise hipertensiva que teve na noite de quarta-feira, no Recife, mas que continuará viajando.

"Vamos ter que encontrar um jeito. O problema é que temos que continuar viajando pelo Brasil. Temos muita coisa pra fazer. Este ano é o último ano [de governo] e não podemos deixar a peteca cair. Se a gente esmorece, todo mundo esmorece", disse.

Lula deu as declarações ao deixar o Instituto do Coração, em São Paulo, onde realizou um check-up. De lá, seguiria para Brasília.

Ele argumentou que suas viagens são necessárias para fiscalizar o andamento das obras e cobrar agilidade na execução delas. O presidente declarou ainda que sua saúde e os exames estão "perfeitos".

O presidente realizou um ecocardiograma para função dos músculos do coração, tomografia das artérias cardíacas, ultrassonografia do abdome e da próstata, teste de função pulmonar e exames de sangue e urina, segundo a assessoria do hospital.

"Pega você e leva seu carro numa concessionária achando que tem um probleminha na porta direita. Aí você vai ver que ele está com problema em tudo quanto é lugar. O ser humano no check-up é assim, você acha que o problema é de pressão, daqui a pouco está com problema na unha do pé", brincou.

A crise hipertensiva de Lula fez com que o presidente cancelasse a viagem a Davos, na Suíça, onde participaria do Fórum Ecônomico. "Por mim, eu tomaria um remediozinho e embarcaria para Davos. Mas aí a responsabilidade é do médico, que falou "olha, é muito delicado, vamos parar no hospital", contou. Lula disse ainda que vai melhorar sua dieta e qualidade de vida.

'Atividade normal'

Depois de Lula, o cardiologista Roberto Kalil Filho falou à imprensa. Segundo ele, o presidente pode voltar à atividade normal e recebeu a recomendação de descansar mais, dormir mais e fazer atividade física.

Kalil relatou que a pressão de Lula estava normal, em 11 por 7, antes que ele deixasse o hospital, e que não foi prescrita medicação para o presidente. Segundo o médico, o check-up realizado neste sábado deveria ter sido realizado em dezembro. "Os exames estavam sendo postergados", disse.

Questionado se houve alguma recomendação específica sobre como deverá ser a rotina do presidente para campanha eleitoral deste ano, o cardiologista disse que a orientação é que Lula "siga a vida dele". "Não aconteceu nada de mais", declarou.

Repouso

Na quinta e na sexta, o presidente descansou em sua casa em São Bernardo do Campo, sem agenda oficial. No seu retorno a Brasília, o presidente deve manter a rotina dos últimos dois dias: descanso embalado por sessões de filmes. Lula deve retomar sua agenda de trabalho na segunda-feira (1º).

Devido à crise de hipertensão, o presidente deixou de viajar para o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, onde receberia um prêmio nesta sexta-feira. Ele foi representado na cerimônia pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.

O problema de saúde do presidente motivou uma ligação do assessor nacional de segurança do governo dos Estados Unidos, general Jim Jones, para o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, nesta sexta-feira, para obter informações sobre o estado de Lula.

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