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Países pobres não gostam da proposta sobre clima articulada por nações ricas

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h03

SÃO PAULO - A Conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas foi movimentada, nesta terça-feira (8), pela divulgação do conteúdo de uma proposta sobre como países ricos e pobres devem combater o problema.

A indignação dos africanos ecoou pelo centro de convenções. Eles reagiam à revelação de um acordo paralelo articulado pela Dinamarca, junto com Estados Unidos e Grã-Bretanha.

O jornal inglês "The Guardian" publicou a proposta, que deixaria aos países ricos a decisão de quanto cortar nas emissões.

Mas obrigaria os outros a apresentar metas, com exceção dos países muito pobres. “Seria como um almoço, você chega para o cafezinho e é convidado a dividir a conta toda. Não é justo”, disse o negociador brasileiro, Sergio Serra.

A proposta abre a possibilidade de o Banco Mundial, e não ONU, administrar os financiamentos para adaptação às mudanças climáticas. E obriga os beneficiados a seguir as regras impostas pelos ricos.

Os países em desenvolvimento veem nas entrelinhas uma discriminação que se estenderia por 40 anos: em 2050, os ricos de hoje ainda poderiam poluir o dobro, por habitante, do que os que hoje estão em desenvolvimento.

A Dinamarca apresentou esse documento na semana passada a um pequeno grupo de países, entre eles o Brasil. Seria uma alternativa para um entrave no acordo.

Mas foi considerado prematuro, desistia das negociações antes de a convenção começar. A Dinamarca então recolheu as cópias dizendo que a proposta estava morta. Não estava, e hoje tumultuou a convenção.

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