Investigação

Autoridades francesas ainda não sabem o que provocou queda de avião da Air France

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 13h06

BRASÍLIA - Quase cinco meses depois da queda, no Oceano Atlântico, do Airbus 330, que fazia o voo 447 da Air France, as autoridades francesas ainda não sabem o que causou o acidente que matou 228 pessoas de 32 nacionalidades.

A caixa-preta do avião ainda não foi localizada e hoje (28), o representante da Agência de Investigações e Análises da França, Paul-Louis Arslanian, disse aos deputados da Comissão de Viação e Transportes da Câmara que as buscas pelo equipamento serão retomadas em 2010.

De acordo com Arslanian, apesar da ausência, até o momento, de elementos que posaam determinar a causa da queda do avião que seguia do Rio de Janeiro para Paris, um novo relatório deve ser publicado ainda este ano, com as informações preliminares.

Ainda segundo o Arslanian, o acidente e a dificuldade de recuperar a caixa-preta levaram as autoridades francesas a discutir a possibilidade do aparelho passar a transmitir as informações de voo em tempo real, e não apenas registrá-las como ocorre atualmente.

Durante a audiência, Yannick Malinge, representante da empresa fabricante do avião, a francesa Airbus, expôs algumas das providências adotadas após o 31 de maio, como a substituição dos sensores de velocidades (os chamados pitots) dos modelos A 330 e A 340 e a comunicação dos pedidos de manutenção ainda durante o voo.

A diretora geral da Air France no Brasil, Isabelle Birem, lembrou que a companhia ofereceu uma antecipação de R$ 45,4 mil aos parentes das vítimas, como indenização, embora apóie a iniciativa do Ministério da Justiça de criar um programa de indenização para o acidente.

Além do diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), tenente Ramon Borges Cardoso, também participaram da audiência o presidente da Associação dos Parentes das Vítimas do voo 447, Nelson Faria Marinho; o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea), José Márcio Mollo e Paulo de Tarso Gonçalves Júnior, do Sindicato Nacional dos Aeroviários, que disse que faltam mecânicos, engenheiros e pilotos para atuar no setor aéreo e que os que estão trabalhando devem receber um treinamento constante para estarem aptos a trabalhar com a crescente automação dos aviões.

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