SÃO PAULO - A violência é a principal novidade da última pesquisa nacional por amostra de domicílios desta década. As entrevistas do estudo do IBGE que vai mostrar as condições de vida dos brasileiros começaram nesta segunda.

Grades, muros, câmeras. A pesquisa quer descobrir como o brasileiro protege a sua casa. E para a segurança dos 150 mil domicílios que serão visitados, os mais de 2 mil entrevistadores, em todo o país, usam o mesmo uniforme, com crachá e colete do IBGE.

Perguntas sobre roubos e furtos pela segunda vez fazem parte do questionário, a primeira foi há 21 anos.

E quando a queixa não é registrada na delegacia, o pesquisador pergunta o motivo: o medo de represália e não acreditar na polícia estão entre as possíveis respostas.

As pessoas vão dizer se sofreram agressão física. Quantas vezes isso aconteceu no período de um ano. E também quem foi o agressor. Essa resposta tem várias alternativas.

Como, pessoa desconhecida, Policial e pela primeira vez existe a opção: cônjuge ou ex-cônjuge. O objetivo é identificar a violência doméstica. E o IBGE garante o sigilo das informações .

“Não precisa se preocupar, porque essa informação vai ser divulgada depois como um todo. Não vai ser identificado que foi aquela pessoa ou a outra pessoa que sofreu algum tipo de agressão”, explicou a gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

A comida em casa é suficiente? Há justiça e emprego? As crianças estão na escola? A pesquisa vai mostrar como são as condições de vida no nosso país. Mas a precisão deste retrato depende de portas abertas.

“Uma vez que de posse dessas informações, o IBGE faz a divulgação desses dados, e governo e estudiosos podem analisar, e em função disso, realizar políticas públicas para melhorias da população”, disse Maria Lúcia, do IBGE.

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