Crédito

Crédito para compra de veículos sobe 12%, aponta Anef

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h07

SÃO PAULO - A recuperação da economia brasileira já reflete no aumento do volume de crédito para a compra de veículos. De acordo com dados da Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras (Anef), divulgados ontem (5), em agosto o crescimento foi de 12% em comparação com o mesmo mês do ano passado, que ainda não havia sido atingido pela crise — o impacto da crise mundial só começou a ser sentido no setor em outubro de 2008.

Os números divulgados da Anef consideram as carteiras de CDC (Crédito Direto ao Consumidor) e leasing para pessoa física, que somam R$ 151 bilhões.Segundo o balanço, o crescimento é puxado pelo leasing, que atingiu R$ 65,7 bilhões. Nesse caso, a expansão foi de 28,2% sobre agosto de 2008. Já o CDC cresceu 2,1%, para R$ 85,3 bilhões.

Em relação aos juros praticados, o levantamento mostra estabilidade em relação ao observado em julho, em 1,49% ao mês e 19,42% ao ano, repetindo os números de julho. Porém, em nível inferior ao praticado em agosto do ano passado, quando eram 1,78% ao mês e 23,58% ao ano.

“A queda dos juros a patamares registrados em 2007, um ótimo período para a indústria automotiva, assim como a grande oferta de crédito, estão estimulando os consumidores a adquirirem um veículo a prazo. A retomada da economia nacional, assim como o aumento da empregabilidade, são fatores importantes para o crescimento do mercado de crédito para aquisição de veículos”, afirmou em nota o presidente da Anef, Luiz Montenegro. A baixa dos juros foi acompanhada do aumento do prazo de financiamento oferecido pelas financeiras, que passaram de 72 meses para 80 meses em agosto deste ano.

Entretanto, Montenegro alerta para o fato de que os consumidores ainda optam por planos menos extensos, mesmo com a oferta de crédito em mais de seis anos. Prova disso, é o fato de que os planos médios apresentaram redução de 42 meses para 41 meses no período.

O quadro positivo para o mercado de veículos é reforçado pela queda da inadimplência acima de 90 dias para financiamentos em CDC, de 5,3% da carteira em julho para 5,1% em agosto. “Ainda é cedo para apontarmos este decréscimo como uma tendência. Porém, o dado é reflexo da retomada da economia nacional”, diz Montenegro.

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