Pnud

Mulheres são mais vulneráveis em processos migratórios, diz Pnud

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 13h07

BRASÍLIA - As mulheres são quase a metade dos migrantes no mundo, tanto dentro de seus próprios países, como para outras nações. As trabalhadoras qualificadas de países em desenvolvimento chegam a migrar 40% mais que os homens para os países desenvolvidos.

Mas são as mulheres com baixa qualificação profissional que mais preocupam o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (Pnud), que lançou hoje (5) o Relatório sobre Desenvolvimento Humano 2009.

O relatório alerta que essa mulheres “poderão ficar reféns de situações menos favoráveis, a saber, trabalhos com vencimentos baixos, acesso a poucos benefícios sociais e a oportunidades de carreira limitadas, todas as quais intensificam as suas desvantagens sociais”.

O estudo também demonstra a preocupação do Pnud com as políticas de imigração de alguns países que são abertamente desiguais, deportando e prendendo mulheres. “Mais de 20 países não permitem que as mulheres se candidatem sozinhas a passaportes, enquanto outros, incluindo Mianmar, Arábia Saudita e Suazilândia, restringem a saída de mulheres. Quando as mulheres conseguem efetivamente migrar, alguns países de destino excluem as mulheres migrantes dos seus normais sistemas de proteção a trabalhadores”, afirma o relatório. O estudo alerta ainda para a vulnerabilidade dessas trabalhadoras ao tráfico de mulheres, que utiliza dívidas para promover regime de escravidão.

Entre as sugestões para corrigir esses problemas, o relatório cita as políticas para proteção das migrantes que retornam aos seus países de origem, mudanças nas políticas de imigração dos principais destinos e a canalização da migração para o desenvolvimento interno dos países exportadores de mão de obra.

No Brasil, o relatório demonstra que existe uma contradição nas condições de vida das mulheres. Elas, em geral, recebem mais educação - 90,2% são alfabetizadas contra 89,8% dos homens, e 89,4% estão estudando, contra 85,4% dos homens - e vivem em média 75,9 anos, enquanto os homens vivem 68,6 anos em média. Apesar disso, a média salarial das mulheres é de US$ 7,190 mil por ano, e a dos homens é de US$ 12,006 mil ao ano.

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