Planos de saúde

Médicos decidem manter a greve em São Luís

Decisão foi tomada ontem à noite, durante assembleia no CRM.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 13h08

SÃO LUÍS - Os médicos decidiram em assembleia geral realizada ontem (28) à noite no Conselho Regional de Medicina (CRM) a continuação da paralisação ao atendimento dos serviços dos planos de saúde que não entraram em acordo com a categoria. Na assembleia, foi rejeitada a proposta da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) apresentada na manhã de ontem na Promotoria do Consumidor.

A proposta da Unidas foi colocada em duas partes. Na primeira, o conglomerado de planos estipulou o valor da consulta em R$ 42,00 a ser pago retroativamente a partir de 1º deste mês, com reajuste de 2,5% nos valores de procedimentos médicos tendo como referência à 3ª edição da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). Na segunda parte, o valor da consulta passaria para R$ 43,00 a ser pago a partir de 1º de outubro, além da implantação da 4ª edição da CBHPM, com redutor de 18% para os portes (honorários médicos) e de 20% para Unidade de Custo Operacional – UCO (para exames e procedimentos complementares), com vigência a partir de 1º de janeiro de 2010.

Durante a assembleia, foi rejeitada também a proposta da Medial Saúde, que apresentou o valor da consulta em R$ 45,00 e um reajuste pleno nos procedimentos médicos baseados na 4ª CBHPM.

Com a recusa da proposta da Unidas, o CRM mantém a sua exigência inicial: o valor da consulta em R$ 45,00 e um reajuste de 7% baseado no valor da 5ª edição da CBHPM. O presidente do CRM, Abdon Murad, destacou que a proposta da Unidas é muito abaixo do que já foi conquistado com os outros planos. "Seria um contrassenso aceitar a proposta da Unidas, sendo que já conquistamos valores bem maiores com outros planos", disse.

O médico Pedro Aragão destacou que os hospitais ainda não começaram a sentir a diminuição no número de atendimentos, mas que logo isso acontecerá se a paralisação for mantida. "Os hospitais ainda estão conseguindo manter seus custos diários, mas, se a paralisação for prolongada, haverá a diminuição do fluxo de pacientes e, consequentemente, queda na receita financeira", avaliou.

Está prevista uma reunião, segunda-feira, para deliberar pelo encaminhamento da greve. Abdon Murad disse que, se não houver nenhum avanço nas negociações, a próxima decisão da entidade poderá o descredenciamento dos planos de saúde.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.