Política

Dilma está 'livre de qualquer evidência de linfoma', diz equipe médica

Robson Bonin/ G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h08

BRASÍLIA - A equipe médica responsável pelo tratamento da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, contra um câncer do sistema linfático - parte do sistema de defesa do organismo – confirmou, nesta segunda-feira (28), que a ministra está livre do linfoma identificado em abril.

Há 20 dias, a própria Dilma havia divulgado a notícia agora confirmada pelos especialistas. "Revelo aqui, em primeira mão, que, do ponto de vista dos médicos, estou curada", disse Dilma.

Em nota divulgada nesta segunda, a assessoria do Hospital Sírio-Libanês relata que a ministra se submeteu a exames para avaliação de seu estado de saúde na quinta-feira (24). A avaliação foi coordenada pela doutora Yana Novis e pelos doutores Paulo Hoff e Roberto Kalil Filho.

“Após exaustivos testes, foi constatado que o tratamento atingiu o resultado esperado e que a ministra Dilma Roussef encontra-se livre de qualquer evidência de linfoma, com estado geral de saúde excelente, podendo retornar a sua rotina normal”, afirma a assessoria na nota.

No dia 25 de abril, a ministra de 61 anos informou que havia retirado um tumor de 2,5 cm da axila esquerda. Dilma deu entrevista com seus médicos Roberto Kalil Filho, Paulo Hoff e Yana Novis no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo.

Segundo os médicos de Dilma afirmaram na época, o tumor era um linfoma, um câncer do sistema linfático. Ele foi retirado para ser avaliado e, de acordo com a equipe médica, exames posteriores detectaram que ele era o único foco da doença no organismo.

Dilma passou por tratamento de quimioterapia preventiva para evitar o surgimento de novos nódulos. Para facilitar a administração dos medicamentos nesse período, ela implantou um cateter embaixo do braço direito.

Dores

Na madrugada de 19 de maio, Dilma foi internada devido às dores musculares que sentia nas pernas, provocadas pelo tratamento quimioterápico e teve de ser medicada com analgésicos derivados de morfina. Exames de sangue tiveram resultados normais. A ministra passou algumas horas sob a observação dos médicos e retornou a Brasília, tendo suspendido a agenda oficial naquela semana.

Ao sair do hospital, Dilma agradeceu a solidariedade dos colegas. “Queria aproveitar e agradecer a quantidade de solidariedade que nesse período eu recebi. Agradeço aquelas pessoas que estão rezando por mim. Agradeço as que torcem por mim. Agradeço as que me encontram e dizem que vai passar", disse.

Nesse mesmo dia, a ministra também admitiu que estava usando uma peruca em razão da perda de cabelos provocada pela quimioterapia. "Estou usando uma peruquinha básica, como vocês podem notar. Quando [o cabelo] estiver da altura mais ou menos dos masculinos, vou tirar porque peruca é muito chato", afirmou.

Candidatura

Dilma condenou os que relacionam a doença e a possível candidatura dela à Presidência da República. "Acho de muito mau gosto misturar uma doença que é hoje curável com questões políticas. A própria população vai entender que isso não é adequado." Sobre a candidatura, repetiu: "não falo nem amarrada".

Dilma Rousseff é considerada o principal nome do PT para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010. Em 15 de abril, em entrevista à Rádio Globo, Lula disse: "Fazer minha sucessão é uma tarefa gigantesca. Todo mundo sabe que tenho intenção de fazer com que Dilma seja candidata do PT e dos partidos, mas se ela vai ganhar vai depender de cada brasileiro".

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