Esporte

COI elogia foco social do Rio para 2016, mas hospedagem e transporte preocupam

GloboEsporte.com

Atualizada em 27/03/2022 às 13h10

RIO DE JANEIRO - O Rio de Janeiro deu mais um importante passo nesta quarta-feira em busca do direito de sediar os Jogos Olímpicos de 2016. Em relatório divulgado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), a comissão que esteve na cidade brasileira em abril demonstrou ter gostado das propostas apresentadas. Um dos fatores mais ressaltados no documento foi a intenção do Rio de usar o evento como ferramenta de transformação e inclusão social. Por outro lado, ficou evidente a preocupação com as acomodações. Com base nos relatórios das quatro cidades (Rio, Madri, Tóquio e Chicago) será escolhida no dia 2 de outubro deste ano a cidade que sediará a competição.

Logo na introdução do relatório feito pela comissão avaliadora que visitou as quatro cidades, foi destacado que "A Canditura do Rio 2016 faz parte do programa do governo brasileiro de investir no esporte como catalisador para a integração social". Isso seria possível através dos seguintes programas: inclusão social atráves do esporte; esporte de elite; expansão da infraestrutura esportiva e sediar grandes eventos esportivos. A logo "Viva essa paixão" e o grande apoio popular, o maior entre as candidatas com 85%, também foram ressaltados.

- Estamos muito felizes, porque o relatório confirmou a aprovação do COI ao nosso projeto e nossa visão para os Jogos, e que o Rio é considerado pronto para receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos pela primeira vez na América do Sul. A visita da comissão de avaliação ao Rio foi um grande sucesso e isso foi destacado na descrição da nossa documentação e apresentações, definidas como de ‘qualidade muito alta’ - disse Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Rio 2016.

A preocupação com o controle e diminuição da violência também foi relatada. Segundo a comissão, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) tem conseguido diminuir a criminalidade através de programas de segurança focados na inclusão social e na recuperação de jovens com a ajuda do esporte.

As garantias financeiras apresentadas pelos três níveis de governo (Federal, Estadual e Municipal) foram ressaltadas. O Brasil pretende investir US$ 2,82 bilhões, cerca de R$ 5,3 bilhões. O orçamento brasileiro, entretanto, fica atrás do de Chicago (US$ 3,8 bilhões) e Tóquio (US$ 2,86 bilhões).

Cada uma das quatro áreas sugeridas para receber os Jogos Rio 2016, que seria do dia 5 a 21 de agosto, foi elogiada no relatório. A Barra da Tijuca foi citada como um local de expansão da cidade e onde ficará o "coração" da competição. Copacabana foi apontada como "uma grande atração turística". Na área do Maracanã, o plano de revitalização do porto foi um dos aspectos ressaltados. Já em Deodoro, por ser uma área sem infra-estrutura, receber os Jogos de 2016 resultaria em uma transformação social.

Os planejamentos de acomodações, porém, parecem não ter convencido muito bem a comissão. Eles mostraram preocupação em depender da utilização dos navios. "A dificuldade de obter garantias para os navios de cruzeiro sete anos antes dos Jogos coloca uma pressão adicional sobre o Rio 2016 para atender às demandas dos jogos". Outro ponto que preocupa o COI é o transporte. O tempo dispensado no deslocamento entre algumas regiões não foi considerado satisfatório. Realizar as Olimpíadas apenas dois anos após a Copa de 2014 também foi considerado um desafio.

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