R$ 2,1 bilhões

Governo quer crédito suplementar para combater nova gripe

Paula Laboissière/Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 13h10

BRASÍLIA - O governo federal enviou ao Congresso uma medida provisória que pede e a liberação de crédito suplementar no valor de R$ 2,1 bilhões para o combate da influenza A (H1N1) – gripe suína – no país.

Os recursos, de acordo com nota do Ministério da Saúde, vão servir para a compra de 73 milhões de doses de vacina e 11,2 milhões kit de tratamentos, além de aumento no número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI), compra de equipamentos e de material para diagnóstico, capacitação profissional e pesquisas sobre a doença.

Ao todo, R$ 1,06 bilhão será usado apenas para a compra de vacinas. A previsão do governo é de que, no primeiro semestre de 2010, pelo menos 36,5 milhões de pessoas sejam imunizadas.

Do total de vacinas, 33 milhões de doses serão fabricadas pelo Instituto Butantan, e as 40 milhões de doses restantes serão compradas do Fundo Rotatório de Vacinas da Organização Panamericana de Saúde (Opas) e de empresas privadas.

Os 11,2 milhões de kits de tratamentos serão distribuídos aos estados a partir de setembro. Parte da nova remessa – 2 milhões de kits – será produzida por laboratórios oficiais do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, sob a supervisão do Laboratório de Farmanguinhos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As instituições militares, segundo o ministério, vão receber um investimento de R$ 20 milhões em infraestrutra.

O atendimento de pacientes em estado grave será ampliado com o aumento do número de leitos de UTI e de UTI Neonatal, uma vez que as grávidas fazem parte do chamado grupo de risco da doença.

Outros R$ 22,72 milhões serão destinados à compra de equipamentos de proteção, sobretudo, para profissionais de saúde, além de material para diagnóstico, como 3 mil embalagens para transporte de amostras infecciosas e 110 mil máscaras.

A verba da medida provisória deve financiar ainda cinco pesquisas sobre o comportamento do vírus. Do total, R$ 5 milhões serão destinado a estudos sobre a efetividade do medicamento fosfato de osetalmivir na redução dos sintomas e da gravidade da doença. Será feita também uma análise das mutações genéticas do vírus.

A previsão é de que as duas pesquisas fiquem prontas em um prazo de até um ano. As três restantes, sobre fatores de risco, transmissão, gravidade, mortalidade e validação do insumo produzido no país para o diagnóstico da doença, serão finalizadas até o fim deste ano. A intenção, de acordo com o ministério, é validar o produto fabricado no Brasil e nacionalizar a produção.

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