TEGUCUGALPA - O novo governo hondurenho disse hoje que espera que a missão da Organização dos Estados Americanos (OEA) que visitará o país contribua para normalizar as relações com os Estados-membros desse organismo, do qual Honduras está suspensa por não reinstalar o deposto presidente Manuel Zelaya.
Diante da pergunta de sobre qual é o maior êxito que o governo espera da visita, o chanceler Carlos López expressou à imprensa: "a normalização de relações com cada um dos Governos" que integram a OEA.
Uma delegação de seis chanceleres, o secretário-geral da OEA, José Miguel Insulza, e outros funcionários desse organismo chegará a Tegucigalpa na próxima terça-feira.
O objetivo da delegação é convencer o novo presidente hondurenho, Roberto Micheletti, a aceitar a acordo promovido pelo governante da Costa Rica, Óscar Arias, mediador no conflito, e cujo principal ponto é o retorno de Zelaya ao poder.
A visita, cuja agenda ainda está em preparação, "é uma oportunidade para trocar e nos aproximar mais com os representantes de outros Governos em nível de chanceleres", disse o chanceler.
"O que antecipo é que vamos continuar promovendo a normalização de relações diplomáticas e de cooperação desses Governos e o de Honduras", disse.
"Acho que já está se esclarecendo a situação" que cercou a expulsão de Zelaya, "e que não há mais razão para estar sendo vítimas de uma surpresa midiática e de uma campanha que deu lugar à suspensão de Honduras na OEA", em 4 de julho.
Micheletti afirma que não houve golpe de Estado contra Zelaya, mas uma "substituição constitucional", pois o deposto presidente foi derrubado por um mandato judicial e, posteriormente, o Parlamento o designou como governante.
Neste sentido, López insistiu em que o Governo de Micheletti não considera necessário ser reconhecido pela comunidade internacional.
"Não se trata de reconhecer, mas de continuar relações que existiam antes de 28 de junho, porque aqui não houve ruptura da ordem constitucional, simplesmente é uma mudança na titularidade do poder Executivo. Todos os poderes constitucionais estão em seu lugar" e "funcionando normalmente", argumentou. (EFE)
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