Pesquisa

Estudo liga beijo a tendência matrimonial

Associated Press

Atualizada em 27/03/2022 às 13h22

SÃO PAULO - Um painel de cientistas examinou o mistério do que acontece quando os corações disparam e os lábios se colam. O beijo, concluem, libera substâncias que reduzem o nível de hormônios de estresse e estimula nos homens o desejo de formação de casal - embora nem tanto nas mulheres.

As substâncias da saliva podem também ser uma forma de avaliar um parceiro ou parceira, disse Wendy Hill, neurocientista do Lafayette College, EUA, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, a AAAS.

Em um experimento, afirmou Hill, casais de estudantes do ensino médio heterossexuais que se beijavam por 15 minutos ouvindo música tiveram mudanças significativas nos seus níveis dos hormônios ocitocina, que afeta a formação de casais, e de cortisol, associado com o estresse. O sangue e a saliva foram comparados antes e depois do beijo.

Tanto homens quanto mulheres tiveram um declínio no cortisol depois do amasso, sinal de que seus níveis de estresse declinaram. Entre os homens, os níveis de ocitocina aumentaram, enquanto nas mulheres eles caíram. "Isso foi uma surpresa", disse Hill.

Em um grupo de voluntários que simplesmente haviam dado as mãos, as mudanças químicas foram parecidas, mas muito menos pronunciadas, afirmou a pesquisadora.

Hill participou de uma sessão sobre a ciência do beijo, com Helen Fisher, da Universidade Rutgers, e Donald Lateiner, da Ohio Wesleyan.

Sexo com amor

Fisher, psicóloga evolutiva e autora de "Anatomia do Amor", destacou que mais de 90% das sociedades humanas praticam o beijo, que ela acredita ter três componentes: o impulso sexual, o amor romântico e a ligação estável.

Os homens tendem a pensar no beijo como um prenúncio da cópula, disse Fisher. Ela afirmou que os homens preferem beijos "desleixados", nos quais substâncias químicas como a testosterona podem ser passadas às mulheres. A testosterona aumenta o desejo sexual em ambos os sexos.

Lateiner, um acadêmico clássico, observou que o beijo aparece pouco na arte grega e romana, mas era amplamente praticado, apesar da disseminação de doenças de pele naquela época devido à prática do beijo no rosto. E havia também um potencial para a gafe social ao beijar a pessoa errada na hora errada.

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