Corregedor decide esta semana sobre dois pedidos contra campanha de Lula

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h14

BRASÍLIA - O ministro César Asfor Rocha, corregedor-eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou hoje (18) que ainda está analisando dois pedidos da coligação Por um Brasil Decente (PSDB/PFL). Até a próxima sexta-feira, Asfor Rocha considera que já terá uma definição sobre os dois pedidos.

O primeiro é se deve abrir ou não uma nova investigação eleitoral contra o candidato à reeleição presidencial Luiz Inácio Lula da Silva (PT/PCdoB/PRB). O motivo, desta vez, é a declaração de apoio do governador reeleito do Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS). A coligação de Lula já está sendo investigada pelo TSE por possível envolvimento na tentativa de comprar um dossiê contra José Serra, então candidato do PSDB ao governo paulista.

A coligação do candidato Geraldo Alckmin, adversário de Lula, considera que o apoio só teria sido divulgado após uma promessa do presidente em liberar cerca de R$ 3 bilhões para o agronegócio em Mato Grosso. A campanha de Alckmin entendeu que a decisão do presidente da República configurou abuso de poder econômico e político. Na ação proposta, é pedido que o presidente seja notificado para apresentar sua defesa em cinco dias, que o governador Maggi seja ouvido como testemunha e que, se julgada procedente a representação, Lula tenha seu registro cassado.

O segundo pedido feito pela coligação de Alckmin é para que seja juntada ao processo que corre no TSE sobre a venda do dossiê uma reportagem da última edição da revista Veja. Com base no relato anônimo de três policiais federais, a revista afirma que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, teria interferido para que um dos acusados da tentativa da compra do dossiê, Gedimar Passos, voltasse atrás em seu depoimento sobre a participação no esquema do ex-assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy.

A coligação de Alckmin também pede que sejam ouvidos os jornalistas que escreveram a matéria, além de dois agentes da Polícia Federal que teriam permitido um encontro, dentro da superintendência da PF em São Paulo, entre Godoy e Gedimar.

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