Dívida interna no país cresce R$ 108,2 bilhões em 2003

O Globo

Atualizada em 27/03/2022 às 15h09

BRASÍLIA - A dívida mobiliária federal interna (em títulos) fechou 2003 em R$ 731,4 bilhões. O resultado corresponde a um aumento de R$ 108,2 bilhões ao longo do ano passado. Apesar desse crescimento, a trajetória da dívida ficou dentro do que esperava o Tesouro Nacional no Programa Anual de Financiamento (PAF), anunciado no início de 2003.

A expectativa da equipe do Tesouro era de que a dívida fechasse o ano entre R$ 690 bilhões e R$ 750 bilhões. Esses valores só consideram a dívida interna em títulos. Incluindo a parcela da dívida externa em títulos, o resultado do endividamento é maior. A dívida mobiliária federal fechou 2003 em R$ 965,8 bilhões, o que significa um aumento de R$ 72,5 bilhões em relação a 2002.

O indicador também ficou dentro do que esperava o governo. Afaixa estimada pelo Tesouro era entre R$ 940 bilhões e R$ 1,02 trilhão no ano.

O perfil do envidamenbto melhorou, segundo salientou o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, lembrando a redução da participação dos títulos públicos corrigidos pela variação do dólar no total da dívida, que caiu de 22,4% para10,8%. A meta do governo prevista no Plano Anual de Financiamento (PAF) era que a parcela de cambiais ficaria entre 13% e 22%.

Esses valores não consideram os contratos de swap cambial (troca de títulos). Se forem incluídos os swaps, a exposição cambial da dívida caiu de 37% em dezembro de 2002 para 22,1% em dezembro de 2003. A meta era fechar o ano no intervalo entre 13% e 22%.

A participação dos títulos prefixados subiu de 2,2% em 2002 para 12,5% em 2003. A meta prevista no Programa Anual de Financiamento (PAF) do Tesouro Nacional era de algo entre 5% e 15%. Também cresceu a parcela da dívida corrigida por índices de preços, tendo passado de 12,5% para 13,6% no período. A meta era 12% a 18%.

A participação dos títulos pós-fixados corrigidos pela taxa Selicno total da dívida mobiliária federal fechou 2003 em 61,4% do total de R$ 731,4 bilhões. Trata-se de um aumento em relação a essa parcela da dívida no final de 2002, que ficou em 60,8%. Este foi o único indicador que ficou acima das expectativas do governo para o ano, que esperava algo entre 52% e 60%.

Apesar do aumento, o secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, não vê esse indicador como um dado negativo. Segundo ele, esse crescimento não deixa de refletir a queda da participação dos títulos cambiais do total da dívida acima do que esperava o governo.

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