Morte de vigia alerta para perigo de ligações clandestinas

José Luís Soares ficou pendurado no poste ao tentar fazer gambiarra. Neste ano, 21 pessoas morreram eletrocutadas ao fazer ligação ilegal.

Regina Sousa, da TV Mirante

Atualizada em 27/03/2022 às 15h26

Postes improvisados com toras de madeira, fiação muito baixa e fios inadequados: características típicas das ligações clandestinas, mais conhecidas como ganbiarras.

Um prejuízo enorme para a companhia de energia elétrica e perigo constante para os moradores como os da invasão Vila Conceição no Alto do Calhau.

As gambiarras estão por todos os lados. Os moradores reconhecem o perigo. Subir num poste para fazer uma ligação clandestina, além de ser crime que pode levar a até quatro anos de prisão, é acima de tudo um atentado contra a própria vida.

Só neste ano foram registrados 37 acidentes com pessoas que faziam ligações clandestinas. 21 pessoas morreram eletrocutadas.

O último acidente com morte foi ontem pela manhã, no Farol do Araçagy. José Luís Soares, 25 anos, morreu depois de ter subido no poste para religar a energia a pedido do dono da casa em frente ao poste. A vítima subiu descalça, quando tocou no fio com o alicate, recebeu uma descarga elétrica de 220 wolts e morreu na hora.

O homem que pediu a religação, identificado como José Antônio, desapareceu do local. A informação é de que a Cemar havia cortado a energia da casa dele por causa de um débito de R$ 500,00. José Antônio teria oferecido R$ 5,00 para que José Luís fizesse o serviço ilegal.

José Luís, que era vigia de um sítio, deixou cinco filhos. A mais velha tem sete anos e o mais novo um ano e oito meses.

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