Tasso elogia Lula no encerramento da campanha

Agência Nordeste

Atualizada em 27/03/2022 às 15h29

FORTALEZA - Ao lado da deputada estadual Patrícia Gomes (ex-mulher do presidenciável Ciro Gomes), candidata ao Senado pelo PPS e do senador Lúcio Alcântara, candidato ao Governo pelo PSDB, o ex-governador Tasso Jereissati (PSDB) encerrou sua campanha para o Senado aos primeiros minutos de hoje, cantando a Oração de São Francisco, na Praia de Iracema. A Oração foi puxada pelo cantor Raimundo Fagner, pelo humorista Tom Cavalcante e por um público de 15 mil pessoas, segundo cálculos da Polícia Militar.

Após o comício, Tasso concedeu entrevista coletiva à imprensa nacional nos camarins. Disse que o candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva está preparado para assumir à Presidência da República, mas que a eleição ainda não está resolvida. "Tem uma série de coisas que discordo e vou continuar discordando do PT. Mas o PT não me assusta", disse, acrescentando que vai ter 2º turno. "Mas se não tiver ou se der PT no 2º turno isso não é nada que me assuste não. Faz parte", ponderou. Em seguida, ele fez rasgados elogios a Lula: "Acho Lula um político extraordinário. Um político fundamental para minha geração. Se não tivesse o Lula na política haveria um espaço vazio importante que não teria se completado sem a figura dele".

Tasso destacou que o PSDB sendo derrotado não deve lutar imediatamente pelo parlamentarismo, pois soaria como uma tentativa de tomada do poder. Mas, caso ganhe as eleições, elegendo Serra presidente, deve voltar a discutir a implantação deste sistema de governo. Falou ainda que, independente do resultado das eleições, o PSDB passará por mudanças, por "um novo ciclo" e chegou, inclusive, a citar o presidente da Câmara Federal, Aécio Neves, como uma liderança que irá conduzir esse processo de renovação do partido.

Em relação ao presidenciável Ciro Gomes (PPS), afirmou que sua campanha teve enormes dificuldades. Brincando com o filho caçula de Ciro (Yuri, de 12 anos), que estava no palanque e o abordou fingindo-se de repórter, Tasso fez o seguinte comentário: "Eu não vou falar umas coisas que o teu pai fala, não". Falando seriamente aos jornalistas disse que na campanha de Ciro aconteceu uma série de equívocos. "Acho que o Ciro não teve estrutura suficiente em tamanho e em complexidade para enfrentar o desafio de ser líder. É difícil agora ficar dizendo de quem foi a culpa".

Tasso afirmou que "a urna eletrônica é fácil para pouco voto. Mas que para muito voto ela é difícil. Acho que pode complicar a vida porque a quantidade de votos com a quantidade de números é que uma coisa que pode complicar nos distritos mais longe, na periferia". Segundo as pesquisas Ibope e EM-Data, Tasso estaria eleito senador com mais de 60% dos votos. Para outra vaga estaria eleita Patrícia Gomes, com mais de 50% dos votos.

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