Candidatos criticam “apelo” de Jackson

O Estado do Maranhão

Atualizada em 27/03/2022 às 15h30

Três candidatos de oposição ao Governo do Estado criticaram ontem o apelo do ex-prefeito de São Luís, Jackson Lago (PDT), de união dos partidos oposicionistas ainda no primeiro turno da sucessão estadual. PT, PSB e PSTU consideraram extemporânea a proposta de Jackson e recusaram abrir mão da candidatura para favorecer o candidato da Frente Trabalhista.

Apenas o candidato do PSDB, Roberto Rocha – que foi citado nominalmente no apelo de Jackson Lago –, não falou sobre o assunto. Mas as especulações em torno de uma possível renúncia do tucano voltaram ontem com mais força. Segundo informações extra-oficiais, Rocha já teria gravado um programa para o horário eleitoral em que anunciaria sua renúncia e tentaria justificar seu gesto.

“PALHAÇADA” – O candidato do PSB, Ricardo Murad, classificou de “palhaçada” o apelo de Jackson Lago. “Ele deve respeitar o partido. Não pode se dirigir ao PSB desse jeito”, disse Murad. “Isso mostra apenas o desespero dele. Vai perder as eleições, está vendo seus votos diminuírem e apela dessa maneira. É uma palhaçada”, declarou Ricardo Murad, acrescentando não haver possibilidade de cogitar esta hipótese (de renúncia em favor do candidato pedetista). “Absolutamente”, resumiu o candidato do PSB.

No horário eleitoral, Jackson Lago não se dirigiu diretamente a Ricardo Murad, mas às bases do PSB. “Ele odeia o Ricardo”, resumiu a deputada estadual Teresa Murad, mulher do candidato a governador.

RESERVAS - O discurso de Jackson Lago também foi visto com reservas no PT. “Não cogito retirar minha candidatura”, disse o candidato do partido, Raimundo Monteiro. As principais lideranças do PT no Maranhão, como a deputada Helena Heluy, e os candidatos Washington Luís e Domingos Dutra, ignoraram o apelo do candidato da Frente Trabalhista.

No PSTU, o objetivo é manter a candidatura de Marcos Silva – “a única que representa um projeto para os trabalhadores” – até o final. Para Marcos Silva, Jackson Lago tem que fazer uma mea culpa pública dos seus erros do passado e apresentar um programa de governo que contemple a classe trabalhadora. “Ele não tem diferença nenhuma dos candidatos neoliberais”, resumiu Silva.

O apelo de Jackson Lago deve ser repetido nos próximos programas da Frente Trabalhista.

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