Investigação

Morte de recém-nascido é investigada em Pinheiro

Familiares acusam Maternidade Infantil de negligência e esta se defende informando que o bebê foi a vítima de asfixia e uma parada cardiorrespiratória

Ismael Araújo

Atualizada em 11/10/2022 às 12h30
Maternidade de Pinheiro onde o recém-nascido morreu
Maternidade de Pinheiro onde o recém-nascido morreu (Maternidade)

SÃO LUÍS - Mais um recém-nascido morreu na Maternidade Infantil de Pinheiro. Segundo a polícia, dois casos já ocorreram somente este ano naquela casa de saúde. A Secretaria Municipal de Saúde de Pinheiro ainda ontem estava investigando as circunstâncias da morte do filho de uma moradora da cidade de Mirinzal, identificada como Joana Costa de Moraes, de 28 anos, que ocorreu no último dia 25.

O comando da secretaria informou, por meio de nota enviada ontem ao O Estado, que Joana Costa deu entrada nessa unidade de saúde no domingo, 24, e entrou em trabalho de parto na segunda-feira. A criança morreu ainda no hospital e teve como causa morte parada cardiorrespiratória e asfixia.

A secretaria declarou, ainda, que foi aberto o processo de sindicância para apurar o caso. Todos os profissionais que estavam de plantão nessa unidade de saúde, serão ouvidos nos próximos dias.

Negligência

A família da vítima, em entrevista a TV Mirante, declarou que a criança morreu em consequência de negligência médica. Disseram que Joana Costa chegou a ser atendida em um hospital na cidade de Mirinzal sentindo fortes dores, e foi encaminhada para a Maternidade Infantil de Pinheiro.

Ainda de acordo com as informações da família, Joana Costa, nesta unidade de saúde, ficou internada e ao ir ao banheiro acabou dando à luz a criança, na frente de uma enfermeira. O recém-nascido teria caído no chão e teve uma fratura na cabeça, que o levou à morte. A direção do hospital informou que o bebê havia morrido por asfixia.

Mais vítima

Em 1º de fevereiro deste ano, o recém-nascido Levy Serra Chagas morreu na porta dessa unidade hospitalar. Segundo informações do tenente Givanildo, comandante da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar, sediada naquela cidade, os militares foram informados de que havia uma ambulância com um recém-nascido correndo risco de morte nos braços de sua mãe, Gracineide Rodrigues, na porta do hospital e o médico plantonista estaria se recusando a atender o paciente.

Os policiais ao chegarem ao local foram informados, por meio de uma enfermeira, de que o hospital não poderia atender a criança pelo fato de ser moradora do município de São Bento. Os militares se deslocaram até o local onde estava o médico, mas o profissional afirmou que não atenderia o paciente e por isso acabou preso por omissão de socorro.

Na Delegacia Regional de Pinheiro, o médico foi ouvido pelo delegado Carlos Renato e autuado pelos crimes de homicídio doloso, qualificado por motivo torpe, e foi conduzido para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Ele foi liberado quatro dias depois, após obter um habeas corpus.

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