Ministérios

Reforma no governo deve atingir 17 dos 28 ministérios do governo Temer

Mudanças foram precipitadas com a demissão do minsitro das Cidades, Bruno Araújo, do PSDB

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34
Romero Jucá falou das mudanças no governo Temer
Romero Jucá falou das mudanças no governo Temer (Romero Jucá)

BRASÍLIA - NUm dos principais articulistas do governo de Michel Temer no Congresso Nacional, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou, nesta terça-feira, 14, que a reforma ministerial no Palácio do Planalto vai atingir 17 das 28 pastas.

Segundo Jucá, a reforma, que já vinha sendo anunciada nas últimas semanas, foi antecipada na pauta do governo, após a demissão, nesta segunda-feira, 13, do ministro das Cidades, Bruno Araújo, do PSDB.

"A saída do ministro da Cidades precipita a discussão da reforma ministerial, tendo em vista que há ministério vago. Temer está avaliando e discutindo como vai fazer. Será uma reforma ampla, 17 ministérios vagos no prazo que o presidente determinar. Ele quem vai definir o ritmo", disse Jucá.

Nos bastidores, Bruno Araújo, que volta à Câmara para assumir o mandato de deputado, disse que sua permanência no governo ficou insustentável, diante das desavenças dentro do PSDB pela ruptura com Temer.

A reforma na Esplanada dos Ministérios também atende a um apelo dos partidos do chamado "Centrão", que ajudarão o governo a derrotar, em votação na Câmara dos Deputados, as duas denúncias contra Temer - a primeira por corrupção e a segunda por obstrução de Justiça e organização criminosa.

Feriadão na Câmara custará R$ 110 milhões ao país

O plenário da Câmara dos Deputados votou, na última sexta-feira, 10, seis projetos de decretos legislativos que confirmam tratados internacionais assinados pelo Brasil.

O "esforço concentrado" para apreciar matérias secundárias em um dia em que, habitualmente, poucos parlamentares dão as caras na capital federal, tem explicação: o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quis "mostrar trabalho" para justificar a falta de uma agenda de votações nesta semana, quando os políticos vão aproveitar o feriado da Proclamação da República - que cai na quarta-feira ,15 - para dispensar as atividades legislativas.

Já o Senado, apesar de não aderir oficialmente ao "feriadão", tem sua pauta de votações definida apenas para esta terça-feira, 14, sem que haja votação de projetos de maior relevância.

Segundo o economista Gil Castelo Branco, da ONG Contas Abertas, cada dia sem atividade no Congresso Nacional gera um custo de R$ 27,7 milhões ao país. Assim, as quatro datas desperdiçadas com o feriado estendido devem produzir gastos superiores a R$ 110 milhões. Tudo pago pelos contribuintes.

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