Tratamento

HU oferece atendimento a vítimas de violência sexual

Este ano, 187 pessoas já foram atendidas pela equipe especializada do hospital, envolvendo crianças, adolescentes e mulheres adultas

Atualizada em 11/10/2022 às 12h34

Somente este ano o Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HUUFMA), atendeu 187 casos de vítimas de violência sexual, por uma equipe especializada para atender esse tipo de situação.

A maioria desses casos, segundo profissionais do HUUFMA, são de crianças e adolescentes que sofrem a violência praticada por pessoas de próprio círculo familiar, muitas vezes padrastos, tios, pais ou vizinhos. Nas mulheres adultas, os casos acontecem, normalmente, com desconhecidos.

No ano de 2015, foram registrados 137 atendimentos a vítimas de violência sexual no HUUFMA. Desse total, 41 foram de crianças, 83 de adolescentes e 13 casos de mulheres.

Em 2016, o número de casos aumentou. Dados do HUUFMA mostram que foram 166 casos. Sendo 41 casos de crianças, 112 casos com adolescentes e 13 casos com mulheres adultas.

De janeiro a outubro deste ano os casos de violência sexual atendidos naquele hospital já superam dois terços dos números do ano passado. Dos 187 casos, 48 foram atendimentos a crianças; 111 a adolescentes; e 28 de mulheres.

O HUUFMA trabalha no atendimento dessas vítimas diariamente, entre crianças de ambos os sexos e mulheres adultas. Esse atendimento é tido sob dois fluxos: as pessoas que sofreram a violência sexual dentro de um período de 72 horas e as que ultrapassaram esse período.

Maria da Natividade dos Santos, coordenadora do Programa de Atenção à Violência Sexual, disse do porquê dessa estratégia. "Nós trabalhamos com a necessidade de que a vítima procure o hospital o mais rápido possível. Assim, poderemos dar as medicações que combaterão a gravidez, no caso das meninas e mulheres, bem como a prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis [DSTs]", relatou.

Marielene de Fátima Reis, chefe da Unidade de Atenção à Criança comentou sobre os alarmantes números de crianças vítimas dessa violência. "Lamentavelmente temos um caso por dia. Há dias que temos três ou mais casos. Essa é uma violência muito constante e que têm aumentado cada dia mais. ", disse.

Segundo Vânia Cantanhede, chefe da Divisão de Gestão do Cuidado do HUUFMA disse que é importante que a vítima procure primeiramente o hospital para depois a encaminhar os próximos passos. "Ocorre que muitas vítimas procuram primeiro a polícia ou o Conselho Tutelar e esquecem do cuidado que precisam ter com sua saúde. Por isso, é importante que os pais ou responsáveis dessas vítimas levem elas o quanto antes ao Hospital Universitário para serem atendidas o mais rápido possível", ressaltou.

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