Investimento

Codevasf assina convênio milionário em benefício de bacias dos rios Itapecuru e Mearim

Parceria com UEMA será abordada por presidente da Companhia no seminário “Revitalização dos Rios Maranhenses e Suas Nascentes”

Atualizada em 11/10/2022 às 12h40
Ações que beneficiam bacias de rios no Maranhão
Ações que beneficiam bacias de rios no Maranhão (bacia)

SÃO LUÍS - Ações que beneficiam as bacias dos rios Itapecuru e Mearim marcam no Maranhão a agenda da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) em celebração ao Dia Mundial da Água. Dois convênios com a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), que totalizam um investimento de R$ 5 milhões, terão seu plano de trabalho assinado pela presidente da Companhia, Kênia Marcelino, durante o seminário “Revitalização dos Rios Maranhenses e Suas Nascentes” em São Luís, nesta sexta-feira (24), a partir das 9h30 horas, no auditório da Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema).

Os instrumentos resultarão na elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Itapecuru e na aquisição de equipamentos e construção de uma Estação de Monitoramento de Águas. Um dos convênios firmados, que visa à elaboração do Plano de Recursos Hídricos da Bacia, tem valor de R$ 1,5 milhão. Planos de recursos hídricos são instrumentos previstos na Lei das Águas e que têm o objetivo de definir ações estratégicas para a gestão desses recursos – como programas, projetos e obras e investimentos prioritários.

“Esses documentos devem ter em perspectiva os múltiplos usos da água, e são elaborados com a participação de órgãos governamentais, sociedade civil e representantes de usuários e instituições gestoras – eles delineiam ações de curto, médio e longo prazos, baseadas em diagnósticos e projeções de usos da água”, afirma a presidente Kênia Marcelino.

O segundo convênio firmado entre Codevasf e UEMA tem valor de R$ 3,5 milhões e prevê a construção de uma Estação de Monitoramento de Águas na Bacia do Itapecuru; o investimento também permitirá a aquisição de equipamentos para a estação. A estrutura auxiliará na avaliação contínua da qualidade das águas superficiais da Bacia, essencial para a gestão sustentável dos recursos hídricos e para o controle da poluição.

“A estação vai contribuir para o monitoramento da qualidade das águas superficiais, algo essencial para uma gestão sustentável dos recursos hídricos e para o eficiente controle da poluição”, explica o superintendente regional da Codevasf no Maranhão, Jones Braga.

Além disso, a Codevasf vai elaborar um levantamento dos passos críticos de assoreamento no rio Itapecuru para subsidiar o planejamento futuro de ações de recuperação e controle de processos erosivos.

“Essa análise será fundamental para orientar trabalhos que visem à realização de eventuais dragagens futuras para captação de água para abastecimento humano e para navegação ou travessias”, explica a chefe da Unidade de Meio Ambiente da Codevasf no Maranhão, Éricka Cunha.

Paralelo a esse trabalho, a Codevasf irá elaborar um diagnóstico das Lagoas Marginais do Rio Itapecuru, visando ao planejamento e à execução de futuras ações de preservação e de recuperação destes berçários naturais.

Também está em andamento, pela Codevasf, o Grupo Técnico de Trabalho para elaboração dos Planos Nascentes do Itapecuru e do Mearim, os quais visam propor intervenções para preservação e recuperação das nascentes dessas bacias.

Bacia do Rio Itapecuru

A Bacia do Rio Itapecuru nasce no Parque Estadual do Mirador, no centro sul do Maranhão, e tem superfície total de 53 mil km², o que corresponde a 16% da área do estado; mais de um milhão de pessoas vivem na região. Entre os múltiplos usos dos recursos hídricos da Bacia, destacam-se o abastecimento de municípios da região, a dessedentação animal, a irrigação, a agricultura de vazante e a recreação.

O Rio Itapecuru banha 57 municípios maranhenses e é responsável pelo abastecimento de aproximadamente metade da capital São Luís e ainda de outros 37 municípios. Os principais afluentes do Itapecuru, que deságua no Atlântico, são os rios Alpercatas, Corrente, Pericumã, Santo Amaro, Itapecuruzinho, Peritoró, Tapuia, Pirapemas, Gameleira e Codozinho.

A área de atuação da Codevasf passou a incluir a Bacia do Rio Itapecuru no ano de 2010, com a entrada em vigor da Lei nº 12.196.

ONU foca no tema "Águas residuais"

Mais de um quarto das mortes de crianças com menos de cinco anos, em todo o planeta, são causadas por fatores ambientais como poluição, falta de saneamento e uso de água imprópria para o consumo. Anualmente, 1,7 milhão de meninos e meninas nessa faixa etária, em todo o mundo, morrem porque vivem em locais insalubres. Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS) - braço da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ainda segundo a ONU, mais de 80% do esgoto produzido pelos seres humanos volta à natureza sem ser tratado. Para beber, cerca de 1,8 bilhão de pessoas usam fontes de água contaminadas por fezes, o que as coloca em risco de contrair cólera, disenteria, febre tifoide e poliomielite. Atualmente, há mais de 663 milhões de pessoas sem acesso a fontes de água potável perto de onde moram.

Para reverter esse cenário e garantir a utilização sustentável dos recursos hídricos, as Nações Unidas chamam governos, o setor privado e a sociedade civil a se mobilizarem contra o desperdício de água. Feito por ocasião do Dia Mundial da Água, lembrado em 22 de março, o apelo da ONU convoca países a implementarem políticas eficazes de saneamento, além de solicitar mudanças de hábito a todos os habitantes do planeta Terra.

A organização internacional aponta que as chamadas águas residuais – recursos hídricos utilizados em atividades humanas, tornando-se impróprios para o consumo – podem ser reaproveitadas na indústria, em setores que não precisam tornar a água potável para utilizá-la como insumo. É o caso de sistemas de aquecimento e resfriamento.

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