Literatura

Ferreira Gullar ganha Prêmio Moacyr Scliar

O livro Em Alguma Parte Alguma foi agraciado pela Secretaria de Estado da Cultura do RS.

O Estado

Atualizada em 27/03/2022 às 12h26

SÃO LUÍS - O poeta maranhense Ferreira Gullar foi anunciado quarta-feira como o vencedor do Prêmio Moacyr Scliar de Literatura. A premiação, concedida pela Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, vem juntar-se a outras recentemente ganhas pelo autor de Poema Sujo.

A entrega do Prêmio Moacyr Scliar de Literatura está marcada para o dia 29 de março, em Porto Alegre. O poeta receberá R$ 150 mil. Gullar recebeu a distinção pelo seu mais recente livro, Em Alguma Parte Alguma (editora José Olympio). A comissão julgadora do Prêmio Moacyr Scliar de Literatura foi composta por Antônio Carlos Secchin, Armindo Trevisan, Carlos Felipe Moisés, Heloisa Buarque de Hollanda e Ricardo Vieira Lima.

A comissão julgadora atribuiu menção honrosa a outros quatro livros: Em Trânsito, de Alberto Martins; A Vida Submarina, de Ana Martins Marques; Lar, de Armando Freitas Filho; e Aleijão, de Eduardo Sterzi.

Em Alguma Parte Alguma também venceu o prêmio Jabuti 2011 como Livro do Ano - Ficção. Em 2010, o poeta foi agraciado com o Prêmio Camões, uma honraria do Ministério da Cultura (Minc). Concedido anualmente pela Fundação Biblioteca Nacional, instituição vinculada ao Minc, e pelo Instituto Camões, de Portugal, o prêmio destacou o conjunto da obra do maranhense.

Carreira - Gullar tem seu trabalho premiado desde a década de 1950, quando ganhou o concurso de poesia promovido pelo Jornal de Letras com seu poema O Galo. Ganhou os prêmios Molière e Saci de teatro. Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura.

Em 2007, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de Livro do Ano - Ficção. O livro, editado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne crônicas de Gullar publicadas no jornal Folha de São Paulo no ano de 2005. Em 15 de outubro de 2010, foi contemplado com o título de Doutor Honoris Causa, na Faculdade de Letras, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O maranhense tem obras publicadas nos gêneros poesia, ensaio, contos e crônicas, teatro, memórias, além de colaboração em novelas.

Ao lado de Bandeira Tribuzi, Lucy Teixeira, Lago Burnet, José Bento, José Sarney e outros escritores, Gullar fez parte de um movimento literário difundido por meio da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. No Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os.

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