Pesquisa confirma eficácia da aveia no combate ao colesterol

Atualizada em 27/03/2022 às 14h47

RIO - Após ingerir flocos ou farelo de aveia durante 30 dias, todos os 126 participantes de pesquisa desenvolvida pela Unifesp apresentaram redução entre 5% e 15% do nível de colesterol.

O estudo foi concluído em setembro de 2004 e realizado no bairro de Riacho Grande, São Bernardo do Campo, com a participação 126 homens e mulheres de 18 a 55 anos, com colesterol maior que 200 e menor que 240.

Essa parcela da população incluiu em sua alimentação diariamente, durante um mês, 100 gramas de flocos de aveia ou 75 gramas de farelo de aveia. “Os resultados foram tão positivos que conseguimos diminuir entre 5% e 15% o colesterol em quase todas as pessoas da amostra, apenas com a inclusão da aveia na alimentação”, afirma o fisiologista do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte (Cemafe), Renato Romani, coordenador da pesquisa.

O bairro de Riacho Grande foi escolhido por estar próximo à região metropolitana, mas apresentar ainda aspectos de uma cidade do interior. A população é composta por aproximadamente 4.500 pessoas e 12% (segundo pesquisa brasileira das regiões metropolitanas) apresentavam, no início da pesquisa, colesterol alto (cerca de 540 pessoas). Dessa forma, os 126 moradores proporcionaram queda de 23% no total da população com colesterol acima do desejado.

Pesquisa

Para atrair os moradores, foi montado um quiosque na praça central do bairro, com oferecimento de informações sobre o colesterol, realização de exames e palestras. Quem se prontificava a participar, também respondia a um questionário e ganhava um kit com farelo ou flocos. O objetivo era estudar exclusivamente a ingestão de aveia na alimentação dos participantes. O protocolo começou com 200 pessoas, mas finalizou com 126. “Quem iniciou exercícios físicos, regime ou qualquer outra atividade durante a pesquisa, foi eliminado”, explica o fisiologista.

Segundo o pesquisador, uma caminhada de 1.600 metros foi sugerida e realizada pelos participantes na primeira semana e na última, para que fosse avaliada a capacidade aeróbia de cada individuo. Dentro do grupo escolhido, a variação do colesterol era de 200 a 240. Ao final do mês, com a ingestão da aveia, os números iniciais foram comparados com os resultados finais. “Foi a partir dessa comparação que constatamos a diminuição do nível de colesterol em toda a população participante”, diz Romani.

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