WASHIGTON - Um menino cuja avó tiver fumado durante a gravidez poderá ter o risco de desenvolver asma infantil duas vezes maior do que o de crianças sem esse antecedente, de acordo com um estudo publicado nesta segunda-feira pela revista médica Chest.
O estudo foi realizado por pesquisadores da Escola Keck de Medicina da Universidade do Sul da Califórnia e sugere que os efeitos prejudiciais do tabaco nos pulmões podem chegar a duas gerações posteriores, das avós aos netos, embora a mãe destes não seja afetada.
"Este é o primeiro estudo que mostra que, se uma mulher fumar enquanto estiver grávida, tanto seus filhos como seus netos têm mais probabilidades de sofrer asma", disse o diretor da pesquisa, Frank Gilliland, professor de Medicina Preventiva em Keck.
"Suspeitamos que quando uma mulher grávida fuma, o tabaco pode afetar o DNA do feto e, se for uma menina, também suas futuras células reprodutivas", disse o pesquisador.
"Por enquanto só podemos conjecturar que o que ocorre é que o dano ocorrido afeta o sistema de imunidade da criança e aumenta sua suscetibilidade à asma, o que depois passa para seus próprios filhos", acrescentou.
O estudo realizado em Keck indica que as crianças cujas mães fumaram durante a gestação tinham 1,5 mais probabilidade de desenvolver asma nos primeiros anos de vida do que as crianças cujas mães não fumaram durante a gravidez.
As crianças cujas avós fumaram durante a gravidez tinham 2,1 mais probabilidades de desenvolver asma.
Os pesquisadores entrevistaram parentes ou tutores de 908 crianças e adolescentes com até 16 anos de idade, do sul da Califórnia, que participaram de um estudo de saúde.
Dos participantes, 338 tinham sofrido asma antes dos 5 anos de idade e outros 570 não sofriam da doença.
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