Abstenção sexual melhora rendimento de atletas, diz pesquisa

Atualizada em 27/03/2022 às 15h16

Os jogadores que mantêm relações sexuais até 24 horas antes de disputar uma partida de futebol rendem menos em campo, segundo um estudo apresentado em Bruxelas pelo médico esportivo Chris Goosens.

As conclusões do trabalho, para o qual colaboraram 12 jogadores da primeira divisão do futebol belga, se baseiam em análises realizadas duas vezes em cada um deles antes de um jogo: uma após a prática de relações sexuais e outra sem tê-las.

"No estudo", comentou Goosens hoje, quinta-feira, à EFE, "medimos a acidificação do sangue, o ritmo cardíaco, a freqüência e o grau de esforço. O resultado dos exames denotaram resultados semelhantes em 10 dos 12 jogadores".

Depois de um dia durante o qual foram mantidas relações sexuais, a acidificação é mais rápida e chega-se antes ao ritmo cardíaco máximo, razões pelas quais a velocidade máxima em corrida é menor, assim como o grau de esforço realizado pelo jogador.

"Por exemplo, se Raúl, em uma partida disputada no dia seguinte ao que teve relações sexuais, é capaz de passar por dois defensores, se não as tivesse tido, teria podido superar três", assegurou Goosens.

Segundo seu relatório, sabendo que o ritmo cardíaco de um atacante passa cerca de 27 por cento do tempo de uma partida na zona de esforço máximo (aproximadamente 25 minutos), "nos damos conta de que há momentos cruciais em que os jogadores que mantiveram relações no dia anterior ficam um pouco 'curtos' ou que não estão dispostos a dar tudo de si em campo".

No estudo, no qual só foram levados em conta os aspectos físicos dos jogadores, não os psicológicos, também são recolhidas opiniões de alguns jogadores de elite.

Entre eles, o brasileiro Romário, que acha que "os bons atacantes só marcam gols se mantiveram boas relações sexuais no dia anterior": "Foi assim que joguei minhas melhores partidas".

A nadadora alemã Franziska Van Almsick também acha que deve parte de suas medalhas olímpicas às relações sexuais que teve antes das competições, já que "o sexo", disse, "sempre me deu uma força extra": "As relações sexuais fazem parte do meu aquecimento antes de uma prova".

No lado oposto destas opiniões, o relatório cita o exemplo do esquiador alemão Ronny Ackerman, que assegura que conseguiu ganhar uma medalha de prata em uma importante prova internacional depois de manter uma abstinência sexual de 389 dias.

O atleta britânico Linford Christie também acha que "não ter relações torna você mais agressivo e essa agressividade é fundamental na hora da verdade".

Uma recente pesquisa realizada por um jornal flamenco com 281 jogadores de futebol revelou que 65 por cento deles mantêm relações sexuais no dia anterior a uma partida e que, inclusive, 3 por cento fazem sexo no mesmo dia do encontro.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.