Projeto Renascer será lançado amanhã em São Luís

Atualizada em 27/03/2022 às 15h30

A Gerência de Qualidade de Vida vai lançar amanhã, 27, às 9h, no auditório do órgão, o projeto Nascer, que tem como objetivo reduzir os índices de transmissão do HIV da mãe para filho, através de medidas que garantam a realização de testes para comprovação do vírus ainda na sala de parto e a distribuição de medicamentos que permitam imunizar o recém-nascido.

Para isso, a gerência realizará um grande treinamento, com data ainda não definida, que será destinado a 400 profissionais de saúde que trabalham nas salas de parto.

O alvo do Projeto Renascer são as maternidades.

Mas nem todas vão ser beneficiadas neste primeiro momento: apenas aquelas localizadas em municípios que preencherem alguns critérios de notificação de casos por transmissão vertical (de mãe para o filho) ou que realizam mais de 500 partos por ano.

Em todo o país, foram pré-selecionadas 446 maternidades, sendo 15 no Maranhão. São elas: Hospital Universitário Materno Infantil, maternidade Nazira Assub, clínica São Camilo, maternidade Marly Sarney, Santa Casa de Misericórdia, maternidade Maria do Amparo, clínica Nossa Senhora das Graças, Hospital Regional Materno Infantil, UM de São José de Ribamar, Hospital das Clínicas de Coroatá.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de DST/Aids, Sílvia Viana, o projeto Nascer está sendo desenvolvido em âmbito nacional pelo Ministério da Saúde em parceria com as secretarias estaduais.

Foi criado com a intenção de diminuir a transmissão materna e a morbi-mortalidade da sífilis congênita e melhorar a qualidade da assistência perinatal.

O projeto abrangerá a capacitação de equipes multiprofissionais nos temas acolhimento, aconselhamento, utilização de testes rápidos, manejo clínico de parturientes HIV positivas e crianças expostas, testagem e indicação terapêutica para sífilis e vigilância epidemiológica. Como são muitos os profissionais a serem treinados, 400, os cursos acontecerão até abril de 2003.

“Este lançamento, na verdade, trata-se de uma reunião que servirá para sensibilizar diretores de maternidades, gerentes regionais e secretários municipais de Saúde da importância deste trabalho e do que cada município dispõe para que o trabalho aconteça de forma eficiente.

Conforme dados da Gevida, no Maranhão, em 2000, 15 crianças foram infectadas pelo vírus da HIV. Ano passado foram mais 18 e agora, até o mês de setembro, havia 13 crianças infectadas.

“O projeto quer barrar este índices, visto que as medidas de prevenção à transmissão do HIV da mãe para o filho têm sido insuficiente para impedir que mais de 90% dos casos de Aids entre menores de 13 anos tenha como causa principal a transmissão vertical do HIV”, disse a enfermeira Osvaldina Silva Matos, responsável pela Vigilância Epidemiológica de DST/Aids.

Ela informou que os riscos de uma criança contrair HIV no parto, caso a mãe seja portadora do vírus, é de 8%, quando todos as medidas de segurança são aplicadas.

“Primeiro, na hora que a gestante chega na sala de parto, o profissional deve perguntar a ela se foi feito um pré-natal e se a gestante se submeteu ao teste do HIV. Caso negativo, é feito o teste rápido da mãe, cujo resultado sai em 30 minutos. Em seguida, se o resultado for positivo, o ideal é que o bebê comece a tomar o xarope de AZT até oito horas depois de nascido, por seis semanas. A mãe toma logo, antes do parto, o AZT injetável”, explicou a enfermeira.

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