Superação

Cantora trans angolana relembra trajetória marcada pela violência

Titica, rainha do som africano kuduro, é a primeira cantora a assumir a transexualidade na Angola.

Na Mira

- Atualizada em 27/03/2022 às 11h21
A cantora diz que pretende levar o seu nome aos quatro cantos do mundo e continuar sendo uma mulher de sonhos
A cantora diz que pretende levar o seu nome aos quatro cantos do mundo e continuar sendo uma mulher de sonhos (Foto: reprodução)

MUNDO - Titica, que início de sua carreira sofreu discriminação, diz que quando tinha 20 anos era obrigada a esconder o jeito afeminado de andar. “Quinze anos atrás, apedrejavam, batiam. Eu já fui apedrejada, já me deram com garrafas na cabeça. Por isso, muitas vezes foi obrigada a esconder quem realmente era", afirma a cantora, em entrevista para a TV Brasil.

Sobre o preconceito que teve de enfrentar, a artista desabafa: “As pessoas homofóbicas são cegas. Você consegue se impor, falar com uma pessoa que é homofóbica, que não te conhece... falar bem, mostrar quem você é... mostrar que não é um bicho de sete cabeças e mudar a mente dela”. Para Titica, nessas situações nunca convém partir para o enfrentamento. “Eu acho que as ações das pessoas têm que falar mais alto, não precisa bater de frente, e sim agir", conclui.

Nascida na periferia de Luanda, de onde vem também o kuduro, Titica lamenta que a música e a dança ainda sejam marginalizadas e criticadas por algumas pessoas. O ritmo, que significa “bumbum duro”, faz referência aos movimentos corporais da coreografia. O kuduro ainda é muito marginalizado na Angola.

Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais Twitter, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.