De nerds a ciberatletas

De nerds a ciberatletas: conheça maranhenses que trabalham no mundo dos jogos virtuais

Profissionais dos games, desenvolvedores de jogos e até influencers. Veja como os gamers estão se profissionalizando.

Imirante.com

- Atualizada em 27/03/2022 às 11h07

SÃO LUÍS - O mercado dos jogos virtuais vem crescendo diariamente e vem se tornando um dos poucos setores que crescem mesmo em meio pandemia do coronavírus. Atualmente, o Brasil tem o 13° maior mercado de games do mundo e o maior da América Latina. Já no Maranhão, essa área também se destaca como promissora, e tem revelado vários profissionais que ganham dinheiro jogando, produzindo jogos, participando de competições e até divulgando produtos.
Apesar do objetivo principal de bater um game ainda ser a diversão, o comércio de jogos virtuais arrecada milhões por oferecer diversas formas de capitalização. No Brasil, somente no ano passado, o país arrecadou nesse mercado mais de US$ 1,5 bilhão, cerca de R$ 5,6 bilhões, segundo dados da consultoria Newzoo. Com consumo frequente, a mesma pesquisa indicou que existem aproximadamente 75,7 milhões de jogadores em todo o território brasileiro e que, em média, 83% relataram comprar algum item virtual nos jogos nos seis meses anteriores ao apontamento.

Equipe maranhense de CS GO.
Equipe maranhense de CS GO.

São diversas as formas de ganhar dinheiro com o universo dos games. No mercado de trabalho, a quantidade de empresas que desenvolvem jogos aumentou 164% de 2014 até 2018. Sobre os números de contratações, essas empresas apresentaram uma alta de 144% em relação a 2014. Para o diretor executivo da AMA Games (Associação Maranhense de Desenvolvedores de Jogos), Kassio Sousa, o Maranhão já possui um mercado que oferece recursos para a capacitação de profissionais dessa área. "No Maranhão, o mercado de desenvolvimento de jogos segue crescendo, com empresas e estúdios se profissionalizando cada vez mais, participando e ganhando prêmios nacionalmente. Os estúdios (Empresas e grupos de desenvolvimento) faturam criando jogos para mercado, que são jogos voltados para outras empresas em forma de produto ou serviço direto (B2B) ou desenvolvendo jogos para distribuição global em diversas plataformas como Steam e Itch.io, onde normalmente são os jogos com maior potencial de vendas e faturamento (B2C)", explicou.

Palestras e eventos são realizados na capital maranhense para incentivar a profissionalização de pessoas no setor de jogos virtuais.
Palestras e eventos são realizados na capital maranhense para incentivar a profissionalização de pessoas no setor de jogos virtuais.

Com o rendimento mensal que pode variar de R$3 mil a R$20 mil que podem vir de patrocinadores, monetização ou venda de produtos, a profissão gamer precisa ser levada muito a sério. A streamer Juliana Lopez, mostra inclusive que o universo dos jogos deixou faz tempo de ser algo só para o público masculino e que essa opção de profissão pode ser bem explorada com a Internet. "A pessoa que escolhe ser Streamer, ela simplesmente se dedica bastante e separa alguns horários para fazer transmissões de lives fazendo gameplays ou até mesmo fazendo lives de outros assuntos, mas tudo voltado a assuntos que envolvem o mundo dos games claro. E é possível tornar a profissão estável pra quem já conseguiu um bom público e se dedicou o bastante pra conseguir um crescimento muito bom. Porque o grande lance das pessoas quando vão começar nesse ramo, é querer ter um grande público logo, mas as coisas não funcionam assim. Pois é um processo demorado", relatou Juliana.

E o tal do e-Sport?

Outra forma de crescer profissionalmente no mundo dos games é se tornar um ciberatleta. O e-Sports, ou esportes eletrônicos, faz ligação direta com as competições de jogos eletrônicos de nível profissional que estão atraindo uma legião de fãs, de todos os cantos do mundo. Games como League of Legends, DotA 2 e Counter-Strike movem torneio que reúnem milhões, tanto em dinheiro quanto em público. Se você acha que é "brincadeira", somente o Campeonato Brasileiro de Counter-Strike distribui R$ 800 mil.

A streamer maranhense Juliana Lopez possui mais de 100 mil seguidores no Instagram.
A streamer maranhense Juliana Lopez possui mais de 100 mil seguidores no Instagram.

O Maranhão já tem atletas de renome a nível nacional e exporta nomes importantes de jogadores que detonam em games como Free Fire e Fortnite. De acordo com o ludovicense José Sá, o "Bad Hero", ciberatleta da Pandas UFMA, é necessário muito treino para se tornar um atleta profissional dos jogos virtuais. "Para se tornar um ciberatleta , você precisa primeiro se destacar nacionalmente dentro do jogo (modalidade) em que participa. Normalmente, cada jogo tem seu próprio sistema de ranking, no qual os jogadores competem entre si para subirem e se tornarem o melhor. A rotina varia muito dentro de cada time, mas é necessário muito treino e dedicação, além de inúmeras horas dentro do jogo que você quer se especializar", comenta o atleta virtual.

Já para Gerson Diniz, o GRNelson, também é importante incentivar os jovens que sonham em se tornar ciberatletas com a produção de torneios e campeonatos no Maranhão. "Os torneios amadores de jogos online incentivam a criação de times, consequentemente mantém os times ativos em competições e fazem com que os jogadores de profissionalizem cada vez mais." ressalta o integrante da LESAMA (Liga de E-sports das Atléticas do Maranhão).

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